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A prisão de G. L. H., 39 anos, tachado pela polícia como o "Rei da Falsificação", deve acabar com a alegria de muitos estelionatários que atuam no Paraná e em Santa Catarina. Segundo investigações policiais, seus serviços eram muito requisitados por golpistas que precisavam "esquentar" documentos e emitir folhas de cheque falsificadas. "O número de golpes deve diminuir. Com a prisão dele, os estelionatários não terão como conseguir esses documentos", diz o delegado Vinícius Augustus de Carvalho, da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC).

G. L. H. foi preso em casa, no bairro Vila Guaíra, em Curitiba, na última quarta-feira, quando investigadores foram cumprir um mandado de busca e apreensão. Ele foi detido em flagrante com folhas de cheque em branco e equipamentos para a falsificação dos documentos. O homem vinha sendo investigado há um mês, depois que golpes contra cinco empresas de Tunas do Paraná, na região metropolitana de Curitiba, foram registrados na delegacia.

A polícia acredita que ele exercia essa atividade há pelo menos dez anos, e não tem como estimar o valor movimentado nos golpes em que ele teria participação. Os investigadores já têm conhecimento de que os documentos fraudados por G. L. H. foram usados em outras cinco cidades do interior do Paraná e em cidades de Santa Catarina, onde ele já havia sido preso por falsificação. "Os programas de computador que ele desenvolveu permitem diversos tipos de fraude. Por isso outras quadrilhas o procuravam", explica o delegado.

O acusado seria apenas uma peça de um grande esquema que envolvia vários crimes. Ele mantinha contato com diferentes quadrilhas - uma roubava caixas eletrônicos e repassava folhas de cheque em branco para ele; outra era responsável por conseguir documentos de pessoas idôneas em cidades do interior; além dos estelionatários que contratavam o serviço dele para aplicar golpes com toda essa documentação "esquentada". Entre a papelada fraudada pelo "Rei da Falsificação" estavam documentos de carros, contas de luz e contratos sociais de empresas inexistentes.

Aos policiais, ele contou que cada documento desses era vendido por uma média de R$ 100. De posse desse material, os estelionatários abriam contas em bancos, depositavam um cheque frio e sacavam o dinheiro. Depois compravam várias mercadorias e revendiam pela internet em sites de leilões virtuais. "As investigações continuam para chegarmos a outras pessoas com as quais ele mantinha contato", afirma Carvalho.

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