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A polícia apresentou ontem sete acusados de envolvimento em um esquema onde documentos roubados e boletos em branco da Copel e Sanepar estavam sendo usados por falsificadores de Curitiba para financiar equipamentos de informática em nome de "laranjas". Eles foram presos na segunda-feira, em uma casa no bairro Portão. No local havia dezenas de cédulas de identidade e carteiras de motorista roubadas e material usado na falsificação.

"Cada um dos detidos era responsável por um tipo de serviço. Havia um responsável pela compra dos documentos roubados, um especialista em informática e um químico, enquanto os outros usavam as falsificações para aplicar golpes no comércio", informa a delegada titular do 8.º Distrito Policial, Maritza Maira Haisi. Estão detidos S.D., Dalmo Aparecido da Silva, Daniel Aparecido da Silva, Acir Marcelo de Andrade, Leoci Raymundo Damásio, José Joel de Borba e João Alfredo Ieski Júnior, todos com idade acima de 30 anos.

Uma compra com documentos falsos encerrou o trabalho da quadrilha. S.D., usando o nome de "Ademir", foi preso logo após sair de uma loja com um computador. "Recebemos uma denúncia anônima informando que ele já havia cometido o mesmo crime em outra loja", diz a delegada. S.D. tem diversas passagens na polícia, ao contrário dos outros seis suspeitos. "Estamos esperando a análise das impressões digitais para confirmar se eles realmente são quem informaram ser", conta Maritza. Todos os detidos negam envolvimento no crime. "Um diz que é só o vigia do local, outro está trabalhando como eletricista e um terceiro informou que só estava lá para cobrar o aluguel", relata a delegada.

Em uma falsa empresa de serigrafia na Rua Alferes Poli, no bairro Rebouças, foram encontradas dezenas de documentos roubados e falsificados, boletos de cobrança da Sanepar e Copel e holerites em branco, carnês de pagamento da Previdência Social, carimbos de cartórios, falsos atestados médicos e até históricos escolares. Com um preparado químico, a carteira de habilitação roubada, por exemplo, tinha a foto e os dados cadastrais apagados, deixando o papel oficial pronto para a falsificação. A nova carteira era forjada com a foto de um membro da quadrilha e dados de terceiros.

Os suspeitos são acusados de formação de quadrilha, falsificação de selo público e uso de documentos falsos. Para que sejam enquadrados também no crime de estelionato, diz a delegada, é preciso que os comerciantes lesados prestem queixa.

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