A Polícia Civil prendeu, na madrugada do último sábado, em Jaguaruna, município no litoral de Santa Catarina, três pessoas acusadas de envolvimento em tráfico internacional de mulheres. O esquema foi descoberto após denúncia de que, às margens da BR-101, no bairro Costa da Lagoa, havia uma boate onde jovens paraguaias se prostituíam.
As mulheres eram trazidas para o Brasil, onde trabalhavam como garotas de programa. A agenciadora, Lurdes Carolina Machuca, 24 anos, e os proprietários da boate onde ocorria a prostituição, Antônio Teixeira, 51 anos, e Gilson Rosa Gabriel, de 52, foram presos em flagrante. Eles foram encaminhados para o Presídio Regional de Tubarão.
O contato era feito por meio de Lurdes, também paraguaia, que se encarregava das passagens e da entrada das meninas no Brasil. As jovens ficavam devendo à boate as despesas referentes à viagem, que costumaram ser pagas com o dinheiro que as mulheres conseguiam se prostituindo. Lurdes ficava com a custódia do dinheiro dos programas realizados pelas jovens.
Como o visto de permanência no Brasil era de 45 até 90 dias, assim que estivesse para vencer o prazo eram descontadas as despesas e as jovens voltavam para o Paraguai. Chegando lá, pegavam novo visto e retornavam ao Brasil. A polícia localizou cinco mulheres paraguaias com idade variando de 18 e 40 anos, que se prostituíam no local. Depois de prestarem depoimento, como estavam com o visto ainda em vigência, foram liberadas. Segundo a PC, as mulheres deverão retornar a seu país assim que essa vigência terminar.
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