Polícia procura vestígio de sangue em material achado em sítio de goleiro

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A polícia procura por vestígios de sangue nos objetos encontrados na segunda-feira (28), no sítio do goleiro Bruno, do Flamengo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Eles investigam se o jogador tem envolvimento com o desaparecimento da ex-namorada, Eliza Samúdio.

Policiais e peritos chegaram à propriedade no fim da tarde e ficaram no local por mais de seis horas. Eles fizeram escavações e vistoriaram o sótão, onde encontraram roupas de mulher, objetos de criança e fraldas. Um poço também foi vasculhado.

Nesta terça-feira (29), o delegado do Departamento de Investigações em Belo Horizonte, Edson Moreira, disse à reportagem do G1 na capital mineira que a probabilidade de Eliza estar morta é grande. Ele ainda afirmou que não acredita que a jovem abandonou o filho de quatro meses, como sugeriu a mulher de Bruno, Dayane Fernandes, em depoimento. Segundo Moreira, o atleta do Flamengo não foi intimado a depor.

O delegado Wagner Pinto, também do Departamento de Investigações, disse que Eliza Samúdio estava em Minas Gerais em 9 de junho, mas não especificou por onde ela passou. Ele informou que a polícia está rastreando as ligações telefônicas da jovem desde 4 junho, quando ela ainda estava no Rio. As buscas à Eliza continuam.

Entenda o caso

De acordo com a polícia, o sumiço de Eliza Samúdio começou a ser investigado depois de denúncias de que ela havia sido agredida no sítio que pertence ao jogador. Segundo a delegada Alessandra Wilke, Bruno é suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza. Os dois tiveram um relacionamento no ano passado e a jovem tentava provar que o goleiro é pai de seu filho de 4 meses.

Dayane Fernandes, mulher do goleiro Bruno, teria dito, em depoimento à polícia, que Eliza teria abandonado o bebê. A criança foi encontrada pela polícia na madrugada de sábado (26), com uma senhora desconhecida. No domingo (27), foi entregue a Luis Carlos Samúdio, pai de Eliza.

Dayane chegou a ser levada à delegacia na sexta-feira (25). Ela foi detida e liberada em seguida. Segundo a delegada, a mulher do atleta foi autuada por subtração de incapaz.

A polícia já ouviu funcionários do sítio de Bruno e amigas de Eliza. Nesta terça-feira (29), mais testemunhas devem ser ouvidas, mas a polícia não confirmou nomes. A delegada responsável pelo caso, Alessandra Wilke, já havia afirmado em entrevista que algumas informações serão tratadas com sigilo para não atrapalhar o andamento da investigação.

O Flamengo anunciou, na segunda, o afastamento do goleiro durante as investigações.