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Faichecleres: banda agora conta com um novo baixista, Ricardo Junior (primeiro à direita). | Divulgação
Faichecleres: banda agora conta com um novo baixista, Ricardo Junior (primeiro à direita).| Foto: Divulgação

Ocorrências caíram 50%

O trabalho realizado pela polícia em parceria com as operadoras de telefonia fixa conseguiu reduzir em 50% a média de ocorrências de furtos de cabos metálicos. A Brasil Telecom, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que nos primeiros quatro meses de 2007 foram furtados 24 quilômetros de cabos telefônicos em todo o estado – uma redução de 53% em relação ao mesmo período do ano passado. A GVT apresentou uma redução semelhante. Em 2007, apenas três roubos foram registrados pela empresa.

Neste ano, como prevenção, as operadoras acompanharam a polícia em cinco vistorias conjuntas. Representantes das empresas e policiais fiscalizam pontos que comercializam materiais metálicos para identificar se existem cabos provenientes das redes das empresas. O furto de cabos é crime com pena passível de 1 a 4 anos de reclusão.

Um crime que se tornou febre nas grandes cidades paranaenses é o furto de fiação metálica, especialmente cobre e alumínio. No entanto, o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), delegacia responsável pelo combate a esse tipo de crime no estado, já apreendeu 13,5 toneladas de fiação desde o início do ano em operações realizadas nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Cascavel e Paranaguá. A quantidade representa cerca de um terço do total de cabos roubados até o momento em 2007.

Por dia, no estado, são apreendidos 88 quilos de fiação metálica furtados da Copel, operadoras de telefonia, Sanepar e prefeituras municipais. "É um crime que, teoricamente, não oferece tanto risco ao ladrão e dá algum retorno financeiro", explica o delegado da Sub-Divisão de Operações do Cope, Francisco Caricati. Segundo a Copel, somente neste ano cerca de 43 quilômetros (ou 26 toneladas) de cabos de luz foram furtados no estado. A região mais atingida é a que engloba Curitiba, região metropolitana e litoral, onde foram levados cerca de 16 toneladas de material.

O empresário João Kos foi uma das vítimas. Em menos de um mês e meio, ladrões levaram os cabos de cobre que iam do contador até os três imóveis de sua propriedade, no bairro Água Verde – um deles é usado como escritório e os outros dois são alugados. O primeiro furto ocorreu em 23 de abril. Depois disso os ladrões voltaram em 4 e 21 de maio. Para cortar os cabos, os assaltantes chegaram a pular um muro do imóvel. "Não há limites para eles. Três roubos em tão pouco tempo. Gastei mais de R$ 700 para arrumar os cabos e não tenho a quem recorrer", reclama. O empresário afirma ter procurado a Copel, a prefeitura e a polícia em busca de auxílio. "A Copel só se reponsabiliza pela fiação que vai do poste ao contador. A prefeitura me pediu para procurar a polícia e a a polícia me disse que não tem gente o suficiente para cuidar de todas as casas da cidade", relata.

A assessoria de imprensa da Copel informou que a empresa não sabe calcular qual o prejuízo gerado com o furto da fiação que fica sob responsabilidade da companhia.

O setor de telefonia fixa também é alvo dos assaltos. Nos quatro primeiros meses do ano, a Brasil Telecom teve furtados 24 quilômetros de cabos. Assim como a GVT, que não informou a quantidade de fiação perdida, a Brasil Telecom ressaltou que houve uma redução na quantidade deste tipo de ocorrência.

Para obter o cobre e o alumínio, metais bem cotados nas recicladoras, os ladrões levam também hidrômetros e semáforos de trânsito. A Sanepar registrou somente em Curitiba, região metropolitana e litoral o atendimento a 8.262 ocorrências de furtos e depredações a hidrômetros. O prejuízo estimado pela companhia é de R$ 548 mil. Em Curitiba, as zonas sul e leste são as que apresentam mais problemas. Em dezembro de 2006, no Alto Boqueirão foram registrados pelo menos 40 casos de furtos de hidrômetros no mesmo dia. "O cidadão é o grande prejudicado, já que fica sem água por um período e acaba sendo onerado pelo roubo", diz Antônio Cordeiro, gerente da Sanepar responsável pela área sul da cidade.

Nem os sinas de trânsito escapam. De janeiro até abril, a prefeitura de Curitiba registrou 15 ocorrências de depredação e furto de semáforos que resultaram na perda de 400 metros de cabos metálicos. "O semáforo tem uma parte de alumínio e a fiação tem uma camada de cobre. Até por esse motivo estamos promovendo a troca dos semáforos de alumínio por outros de policarbonato", conta o diretor de tráfego da Diretran, Rogério Falcão.

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