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Parati possuia placa paraguaia e documentos do país vizinho. | Arquivo Pessoal/
Parati possuia placa paraguaia e documentos do país vizinho.| Foto: Arquivo Pessoal/

Era uma noite chuvosa de dezembro na capital paulista, quando Marcelo Castanheira recebeu uma ligação. Era da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Seu carro havia sido recuperado, após 25 anos do furto.

“Quando o policial me ligou, até achei que fosse piada, ainda mais naquela época do ano. Ele disse que tinha uma boa e má notícia para mim. A boa é que tinham recuperado meu carro, depois de 25 anos, e a má é que eu teria que ir até Foz para buscá-lo”, explicou Marcelo, por telefone. Não era piada, e estava mais para presente atrasado natal. A comunicação do achado foi feita no dia 30 de dezembro.

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veículos roubados foram recuperados na Ponte Internacional da Amizade somente em 2014. Uma média de 20 por mês. Nem sempre se consegue o contato com os donos dos automóveis. Nesse caso, os veículos acabam indo a leilão.

O responsável por recuperar o veículo foi o agente da PRF, Carlos Alexandre. De acordo com ele, a Parati saia do Paraguai em direção ao Brasil. Além do motorista, outras três pessoas estavam no interior do carro, todas de origem paraguaia. Após consultar o chassi, descobriu-se que se tratava de um veículo roubado e foi possível entrar em contato com o dono logo na primeira ligação. “Isso é raro de acontecer, mas como os dados estavam todos atualizados, não tivemos dificuldades em encontrar o dono”, disse Carlos Alexandre.

O condutor do carro responde em liberdade por receptação. Ele alegou desconhecer que se tratava de veículo roubado, e disse ter adquirido o automóvel há poucos meses. A Parati possuía placa paraguaia e documentos do país vizinho.

O encontro de Marcelo com seu antigo carro aconteceu na última quarta-feira (8), no pátio de veículos apreendidos da Polícia Civil de Foz do Iguaçu. Ao comprovar que se tratava mesmo de seu verdadeiro carro, foi liberado para levá-lo de volta até São Paulo, onde pretende restaurá-lo. Na época do furto, Marcelo tinha 21 anos, e o carro estava com seu pai, que pedira emprestado. Hoje, com 46, é empresário, dono de um restaurante na capital paulista e possui outros carros antigos, como Passat e Saveiro. Agora volta a ter sua Parati, que não possuía seguro e tinha sido recém-adquirida quando foi furtada.

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