As polícias Federal, Militar e Civil do Rio estariam sabendo das ameaças de morte contra a juíza Patrícia Acioli, assassinada com 21 tiros na última quinta-feira, vítima de um ataque na hora em que chegava em casa, em Niterói, na Grande Rio. É o que informa o jornal fluminense O Globo nesta terça-feira, 16.
De acordo com a reportagem, agentes da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) estiveram na Polícia Federal para avisar do risco que Patrícia corria dois dias antes da execução. Uma semana antes do crime, a própria juíza teria ido na sede da Corregedoria da PM para denunciar que policiais do 7º BPM (São Gonçalo) e do 12º BPM (Niterói) estavam ameaçando-a, segundo a matéria.
Procurada, a Polícia Militar informou que Patrícia realmente esteve na Corregedoria, mas apenas tratou sobre a diminuição dos autos de resistência em São Gonçalo e que em nenhum momento denunciou estar sendo ameaçada. A Polícia Civil disse não ter informações sobre a denúncia feita por seus agentes. Já a Polícia Federal afirmou que não foi encontrado nenhum documento ou registro da denúncia no banco de dados, mas que investiga se houve algum aviso informal por parte de um policial civil. A PF diz, ainda, que irá divulgar uma nota com esclarecimentos sobre o assunto.
O jornal destaca ainda que uma das 96 ligações recebidas pelo Disque Denúncia, feita na segunda-feira, apontava para quatro detentos do presídio Ary Franco, na zona norte do Rio, como os mandantes do assassinato da juíza. Segundo a matéria, os presos teriam ligação com milícias de exploração de caça-níqueis na Grande Rio e estariam planejando novas execuções de políticos e magistrados.
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