Homens da Guarda Municipal e da Polícia Militar passaram o dia ontem vigiando o acampamento montado por cerca de 200 famílias que ocuparam um terreno público no Bolsão Sabará, na Cidade Industrial de Curitiba. A área foi invadida no último sábado em protesto contra uma suposta demora da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) na contemplação de inscrições feitas há seis anos. O clima era de tensão no local, pois havia a expectativa de que a Justiça expedisse um mandado de reintegração de posse. Mas a decisão judicial não chegou até o fim do dia e as forças de segurança se retiraram.
Desde sábado foram feitas duas desocupações no mesmo local, mas os sem-teto retornaram para o terreno, localizado atrás de um campo de futebol. Na última segunda-feira, cerca de 70 barracos haviam sido destruídos, mas as habitações provisórias foram reerguidas. A área já foi inclusive loteada pelas famílias, com a colocação de placas improvisadas com o nome dos novos "donos".
Robson Santana, 41 anos, se identificou como um dos líderes do movimento. Ele afirma que o objetivo da ação é conquistar a posse do terreno e dividi-lo entre os moradores da região que aguardam na fila da Cohab. Mas, caso ocorra a reintegração de posse, ele orientou as pessoas a não reagirem. "Vamos aguardar a forma como a Guarda Municipal vai chegar. Mas, se nos tirarem, nós voltamos", garante.
A área ocupada tem 96 mil metros quadrados e pertence à Curitiba S/A, uma empresa de economia mista que substituiu a companhia Cidade Industrial de Curitiba, que fazia a destinação de terrenos quando da formação do bairro. A prefeitura informou que uma parte dessa área foi cedida em comodato para projetos
socioesportivos de organizações do bairro e não está destinada para assentamento. A prefeitura esclareceu que as famílias inscritas na Cohab passaram a ser contempladas por sorteio independentemente do tempo de espera na fila.
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