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Presos

Márcia Rejane Vieira Marcondes - delegada titular

José Antônio Braga - superintendente da delegacia

Jorge Luiz Martins - escrivão

José Mariano da Silva Filho - investigador

Edson Roberto Pereira - investigador

Gerson Martins Filgueiras - investigador

Ali Iskandar - investigador

Herculano Cordeiro Júnior - agente de apoio da delegacia

Elizabeth dos Santos - escrivã

Carlos Fernandes Ribeiro - investigador

Walter Ronaldo Basso - advogado

Isaías de Oliveira - ligado ao grupo

Maxsoel Leandro Laroca - funcionário da prefeitura de Colombo

João Batista de Arruda Júnior - advogado

Júlio César Saldanha - investigador

João Ferreira dos Santos Neto – investigador

Fonte: Sesp

Delegacia vai receber novos policiais e dois delegados na quarta-feira (18)

Policiais civis cobravam R$ 30 mil para soltar presos de Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP) apontou a existência do esquema na delegacia do Alto Maracanã. Uma operação especial, nesta terça-feira (17), prendeu 16 pessoas suspeitas de integrar a quadrilha, entre elas a delegada titular e o superintendente da delegacia.

De acordo com investigações do MP, a suposta quadrilha era formada pela delegada titular da delegacia do Alto Maracanã, Márcia Rejane Vieira Marcondes, pelo superintendente José Antônio Braga, escrivães, investigadores, advogados e até por um funcionário da prefeitura de Colombo. O esquema começava com os policiais da unidade que identificavam os criminosos, na maioria das vezes traficantes de drogas, e levavam até a delegacia.

A partir daí, o acusado era mantido preso ilegalmente, enquanto entravam em cena os escrivães e o superintendente. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), os agentes se valiam de todo o aparato estatal e dos cargos que ocupavam para viabilizar as prisões e em seguida praticar a extorsão. Os advogados que integravam o grupo eram os responsáveis por fazer a ponte o preso e os familiares, no intuito de receber o dinheiro.

O MP apurou que os valores eram repassados à delegacia e posteriormente era dividido entre o grupo. Na investigação consta que a quadrilha se ocupava diariamente com prisões de pessoas com a única finalidade de extorqui-las.

Dois novos delegados vão assumir o comando da delegacia a partir de quarta-feira (18), segundo a Sesp. Novos policiais também já foram designados para trabalhar na unidade.

Operação

A operação envolveu o Gaeco, a Sesp e a Corregedoria da Polícia Civil e cumpriu 45 mandados de prisão e de busca e apreensão. A ação começou às 6 horas e teve o apoio de cerca de 100 policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), do Grupo de Operações Especiais (Goe) e das Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais (Rone).

Duas equipes do Cope foram para a Delegacia do Alto Maracanã na manhã desta terça-feira para cumprir parte da operação. Foram presos sete investigadores, dois escrivães, dois advogados, um agente de apoio da delegacia, um funcionário da prefeitura, uma pessoa ligada ao grupo, além da delegada e do superintendente do Alto Maracanã.

Os envolvidos foram investigados por oito meses. Os presos são acusados concussão (extorsão praticada por funcionário público), corrupção passiva e formação de quadrilha. A polícia ainda procura quatro pessoas que estão foragidas, um agente da delegacia e três integrantes da quadrilha.

O secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, disse que é inadmissível que agentes pagos pela sociedade para agir em nome da lei e para proteger a população se desviem de seus deveres. "O governo estadual não tolera este tipo de comportamento. Combatemos veementemente este tipo de conduta", afirmou Delazari.

A Sesp informou que 210 policiais civis foram presos entre 2003 e 2008 por suspeita de participação direta ou indireta em desvios de conduta. Outros 137 agentes foram excluídos do quadro da Polícia Civil do Paraná.

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