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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Os sete policiais civis da equipe do delegado Rubens Recalcatti acusados de participação da execução de um suspeito, ocorrida em abril em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, deixaram a carceragem da DFRV após a Justiça conceder uma liminar ao pedido de habeas corpus impetrado pela defesa.

De acordo com o advogado dos policiais, Claudio Dalledone Júnior, os policiais foram liberados na quinta-feira (23), por volta das 20 horas. Agora, devem aguardar o desenrolar das investigações em liberdade e retomar o trabalho.

A libertação dos policiais foi decidida pelo juiz substituto Benjamin Acácio de Moura e Costa. Ele entendeu que as prisões eram desnecessárias e que configuravam em constrangimento ilegal. O mesmo magistrado também assinou a liminar que soltou Recalcatti na segunda-feira (19).

Até quinta-feira (23), ainda permanecia preso Mauro Sidnei do Rosário. Testemunhas disseram que ele teria efetuado um dos disparos que atingiu a vítima. Apesar de, segundo o Gaeco, estar com a equipe de Recalcatti no dia do crime, Rosário não é policial. A defesa dele iria entrar com um pedido de habeas corpus nesta sexta-feira (23).

“A prisão do Mauro [do Rosário] é um total constrangimento ilegal. Ele não fugiu, não representa perigo à sociedade, tem endereço fixo e não conhece as testemunhas”, disse o advogado Edson Gonçalves. Segundo o defensor, Rosário não tem vínculo com os policiais, mas conhecia o delegado por ter sido agente carcerário em Rio Branco do Sul.

A reportagem tentou entrar em contato com Gonçalves, mas não obteve retorno para confirmar a situação de Rosário.

O caso

O delegado Rubens Recalcatti e os sete policiais são acusados de terem participado da execução de Ricardo Geffer. Ele era suspeito de ter assassinado o ex-prefeito de Rio Branco do Sul, João Dirceu Nazzari, primo do delegado. Segundo a versão dos agentes, Geffer morreu em confronto, trocando tiros com a polícia. Uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público, no entanto, apontou que o suspeito estava rendido e algemado quando foi morto. Laudos periciais apontaram que ele foi atingido por oito tiros, disparados a curta distância - distância – inclusive um, deflagrado de cima para baixo, que o atingiu no crânio. Além disso, laudos periciais apontam que quatro projeteis ficaram cravados no chão, o que reforçaria os indícios de execução.

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