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Agentes penitenciários aprovam indicativo de greve

O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) aprovou na última sexta-feira (6) um indicativo de greve geral dos trabalhadores, que deverá atingir unidades penais nas cidades de Curitiba, Londrina, Cascavel e Guarapuava. Embora não esteja definida uma data para o início da paralisação, dois protestos estão agendados para as próximas quinta (12) e sexta-feira (13). Ao todo, cerca de 3,5 mil agentes penitenciários trabalham em 23 presídios do Paraná.

Segundo José Roberto das Neves, vice-presidente do Sindarspen, a data de início da paralisação deve ser decidida ainda nesta semana e comunicada ao governo com 72 horas de antecedência. Com a paralisação podem ser prejudicadas atividades como visitas, transferência de presos e saídas de detentos para banhos de sol.

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Os policiais civis do Paraná podem iniciar uma paralisação nos próximos dias. Uma assembleia do Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), que será realizada nesta terça-feira (10), decide quais serão as atitudes tomadas pelos trabalhadores da classe. Cerca de 500 pessoas são esperadas na reunião.

De acordo com o presidente do Sinclapol, André Gutierrez, o principal objetivo do encontro é discutir os mecanismos que a categoria vai usar para ser ouvida por membros do governo estadual. Ele afirma que uma nova diretoria tomou posse no sindicato no dia 15 de setembro e, nas últimas duas semanas, os representantes tentam marcar uma reunião com a Secretaria Estadual da Administração (Seap) e com a Secretaria da Segurança Pública (Sesp), o que não se concretizou. Ainda segundo Gutierrez, a Seap chegou a reservar horários na quinta-feira (5) e na sexta-feira (6) da última semana para um possível encontro, no entanto, como ninguém da Sesp confirmou presença, a reunião foi cancelada. "Estamos sendo ignorados", declara.

O principal tema que os sindicalistas desejam debater junto ao governo é a situação do plano de cargos, carreiras e salários da categoria (PCCS). "Um decreto (5.721/2005) para a definição de um PCCS para os policiais civis foi assinado há quase quatro anos, mas até agora isso não existe", afirma.

Gutierrez diz que os representantes da classe também pretendem tratar com o governo estadual de outro dois assuntos: o efetivo da categoria – atualmente são 3.300 no Paraná, de acordo com o Sinclapol – e as funções exercidas pelos policiais civis. Para o presidente do sindicato, os trabalhadores da área não conseguem se dedicar plenamente às investigações das ocorrências criminosas. "Como as delegacias estão superlotadas, nós estamos fazendo também papel de carcereiros, 'babá' de presos", reclama.

Agenda cheia

De acordo com a assessoria de imprensa da Sesp, um encontro pessoal de integrantes do Sinclapol com o secretário Luiz Fernando Delazari ainda não foi realizado por causa da agenda cheia dele nas últimas duas semanas. No entanto, a Sesp afirma que tem conhecimento das reivindicações da classe, já que os representantes do sindicato foram recebidos pelo chefe de gabinete do secretário.

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