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Uma operação da Polícia Civil terminou com confronto entre policiais e usuários de drogas na região da cracolândia, no centro de São Paulo, na tarde de hoje. Ao menos três pessoas foram feridas por balas de borracha, entre elas uma criança.

Segundo a reportagem apurou, o confronto ocorreu após policiais civis tentarem prender um rapaz que, segundo pessoas do local, não tem envolvimento com o tráfico de drogas. Um grupo, então, protestou contra a prisão e atirou pedras e pedaços de pau contra os policiais.

Carros da corporação fecharam dois quarteirões da alameda Barão de Piracicaba e responderam com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Informações preliminares apontam ao menos quatro pessoas foram detidas.

O confronto durou cerca de 20 minutos. Após a saída dos policiais civis, o clima permanecia tenso entre os usuários de droga e moradores da região.

Tanto a prefeitura quanto a Polícia Militar afirmaram que não sabiam da operação da Polícia Civil.

A cracolândia tem sido alvo de uma operação da prefeitura de ressocialização de usuários de drogas. A gestão Fernando Haddad (PT) está pagando R$ 15 por dia a cerca de 400 usuários da região em troca de trabalho em serviços de zeladoria, como varrição de parques da cidade.

O pagamento é feito com base no dia trabalhado, não por valor fechado no final do mês. Assim, caso a carga horária do dia não for cumprida, ele não recebe. Hotéis da região também estão sendo cadastrados pela prefeitura para abrigar usuários de droga.

Na semana passada, Haddad disse que a região estava ocupada pela GCM (Guarda Civil Metropolitana) e pela Polícia Militar, e que todos estão orientados a não promover uma "política higienista" no local. Foi lamentável, diz Haddad sobre ação da Polícia Civil na cracolândia

O prefeito Fernando Haddad (PT) criticou a operação da Polícia Civil na tarde de hoje no centro da cidade, na região conhecida como cracolândia. Durante entrevista chamada às pressas horas depois do confronto entre policiais e usuários de drogas, Haddad reagiu: foi "lamentável".

Na entrevista, ele estava acompanhado do secretário municipal de Segurança Urbana, Roberto Porto, que estava na cracolândia na hora da confusão. Durante a operação, ao menos três pessoas foram feridas por balas de borracha, entre elas uma criança.

Em nota, a prefeitura afirmou que "repudia esse tipo de intervenção, que fez uso de balas de borracha e bombas de efeito moral contra uma multidão formada por trabalhadores, agentes públicos de saúde e assistência e pessoas em situação de rua, miséria, exclusão social e grave dependência química".

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