Salvador - Os policiais civis da Bahia realizaram nesta segunda-feira (11) uma paralisação de advertência de 24 horas, para cobrar do Estado a contratação de pessoal e melhorias nas condições de trabalho. Entre as reivindicações está a convocação imediata de 340 agentes e escrivães concursados em 1997 e aprovados no curso de formação de policiais, além da realização de novos concursos para a área. Durante o dia, apenas serviços considerados emergenciais, como registro de flagrante, levantamento cadavérico e remoção de corpos, foram realizados.
De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindipoc), o Estado tem carência de quase 3 mil agentes de investigação, segundo a Lei Orgânica da categoria. São 3.761 servidores no Estado e a legislação determina que sejam 6.640. "Existe uma evidente sobrecarga de trabalho", justifica o presidente do Sindipoc, Carlos Gomes Lima dos Santos "Cerca de 130 municípios da Bahia não têm policiais nas delegacias."
De acordo com o secretário-geral do sindicato, Bernardino Gayoso, a categoria vai aguardar posicionamento do governo até o dia 20. "Caso não haja avanços nas negociações nesses pontos e em outros, como o cumprimento de promoções já anunciadas, por exemplo, vamos parar as atividades no carnaval", ameaça.
Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo, a manifestação não tem motivo justo. "Estamos em permanente negociação com a categoria, ouvindo as reivindicações e promovendo melhorias", afirma, lembrando a recente compra de 2 mil novos coletes balísticos e de 500 armas, de pistolas a fuzis
Sobre uma possível paralisação dos policiais durante o carnaval, Bispo diz não acreditar na possibilidade, mas informa que o Estado está preparado para enfrentar possíveis adversidades. "Os foliões não terão sua festa prejudicada", garante.
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