Policiais erram de endereço em ação

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Foz do Iguaçu – Por causa de um equívoco de informação por parte da Polícia Civil, uma família de Foz do Iguaçu viveu uma manhã de terror ontem. Ao conferir o endereço no mandado de busca e apreensão numa ação para o combate do tráfico de drogas e armas numa casa da Rua Amazonas, no bairro Campos do Iguaçu, os policiais se confundiram. No mandado, o número 456 seria apenas a referência para o endereço em frente, 465, o alvo das investigações.

Por causa do erro, a família da dona de casa Gleci Godinho Holseri, 60 anos, foi acordada a pontapés nas portas pelo policiais por volta das 6 horas. "Eles chegaram gritando. Todos encapuzados e com as armas apontadas para dentro de casa. Não dava para saber se eram policiais ou bandidos."

Em seguida outros dois teriam se dirigido para o quarto dos fundos, onde a filha de Gleci dormia com a filha de três anos. "Não tive tempo nem de me vestir direito. O policial arrombou a porta e logo foi apontando a arma para nossas cabeças", relata Elaine Holseri.

A ação levou 15 minutos. O tempo de revistar a residência e perceber que estavam no local errado. "Antes de entrarem não apresentaram nenhum documento. Simplesmente apontaram as armas e ameaçaram invadir. Viraram as costas e, sem dar explicação, saíram dizendo ‘aqui tá limpo’", disse Gleci.

A família vai exigir reparação. "Sempre dormimos com as janelas abertas. Nunca tivemos receio com ladrões. Agora, vamos ter que mudar o costume por causa da polícia", ressalta Gleci. No endereço certo, os policiais reviraram os cômodos e nada encontraram.

O delegado da 6.ª Subdivisão em Foz, Márcio Vinícius Amaro, admitiu o erro e determinou apuração. O procedimento indicado neste tipo de abordagem seria primeiro a identificação com o mandado e, com o consentimento e acompanhados do responsável pela casa, fazer a vistoria. As portas só deveriam ser arrombadas se houvesse resistência ou se o imóvel estivesse vazio.