Policiais federais decidiram suspender a paralisação de 72 horas prevista para iniciar na manhã desta quarta-feira (22), em todo o país. O cancelamento dos atos programados foi definido ainda nesta terça (21), em reunião conjunta com os 27 sindicados regionais que representam a categoria, depois que representantes do governo federal se comprometeram a rever planos de valorização dos profissionais da área.

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O motivo que levou à organização e ao anúncio da paralisação dos agentes da PF foi a discussão da Medida Provisória (MP) 657 de 2014, que pretende estabelecer uma série de melhorias dentro do órgão, válidas, no entanto, apenas para os delegados. "Esta medida foi a geradora deste desconforto todo. Mas, o governo disse que entendeu que a forma como editaram a medida foi errônea por causa de pressões", explicou o diretor adjunto da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Fernando Augusto Vicentine.

Em nota assinada pelos ministérios da Justiça e do Planejamento, Orçamento e Gestão e pela Casa Civil, o governo confirma o comprometimento de rever os benefícios da carreira dos policiais federais. Os órgãos ressaltam ainda que estão "se esforçando" para aprovar a medida provisória (650/2014), cujo texto garante o reconhecimento do nível superior para todos os cargos da carreira e também assegura o reajuste salarial dos cargos de agentes, escrivães e papiloscopistas da PF.

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A apreciação do documento que deve garantir estas melhorias está marcada para a próxima quarta-feira (29), no Senado Federal.

A nota esclarece que a MP contestada pelos policiais federais "não altera os requisitos para ocupação dos cargos comissionados atualmente ocupados por agentes, escrivães, papiloscopistas, peritos e servidores administrativos da Polícia Federal".