Onze pessoas foram presas neste domingo (18) sob suspeita de tentarem fraudar o vestibular de medicina de uma universidade de São João da Boa Vista (a 218 km de São Paulo). Segundo a polícia, os agentes que participaram da ação se disfarçaram de fiscais para identificar os candidatos envolvidos no esquema.
A operação foi organizada por uma equipe da CPJ (Central de Polícia Judiciária) após identificar a suposta fraude na prova da Unifae (Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino). Pelas informações, um membro da quadrilha resolveria a parte objetiva da prova e sairia do prédio por volta das 17h30, quando passaria as respostas aos envolvidos por mensagens de celular.
Segundo a polícia, 11 candidatos começaram a agir de forma suspeita após o horário marcado. Alguns pediram para ir ao banheiro, onde foram abordados. Os outros foram revistados apenas ao final da prova. Com eles, a polícia encontrou celulares, canetas, papéis com transcrição das mensagens de SMS e folhas de respostas da prova. Um dos celulares utilizados na fraude foi encontrado dentro de um preservativo.
Foram presos oito estudantes com idades entre 18 e 24 anos e três enfermeiras com idades entre 28 e 32 anos. Segundo a polícia, todos admitiram envolvimento na fraude no momento da abordagem, mas não disseram nada sobre o crime na presença de seus advogados.
Segundo a investigação, os candidatos pagariam, inicialmente, cerca de R$ 7.000 à quadrilha, e mais R$ 35 mil caso fossem aprovados no processo seletivo. A polícia informou que foi arbitrada fiança de R$ 42 mil a cada um dos suspeitos, mas nenhum deles havia pago a quantia até a noite desta segunda. A polícia não informou o nome dos suspeitos ou de seus advogados.
O reitor da Unifae, Francisco Arten, afirmou nesta segunda que não há motivos para anulação do processo seletivo, que foi organizado e realizado pela Vunesp. Os candidatos aprovados para as 60 vagas oferecidas serão conhecidos na tarde do próximo dia 5 no site da Vunesp.
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