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Quatro pessoas foram condenadas em primeira instância pelo furto de 15 quilos de crack que estavam dentro do depósito da 13ª Subdivisão Policial em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Entre elas estão dois policiais civis e um ex-policial militar.

A sentença do juiz da 2ª Vara Criminal, André Luiz Schafranski, saiu nesta segunda-feira (23). O crack foi apreendido em 2010 e substituído por parafina.

O ex-chefe da Seção de Furtos e Roubos da delegacia, José Carlos Camargo Vargas, que já está preso, recebeu 16 anos e 4 meses de reclusão. O advogado de defesa, Cláudio Dalledone Junior, informou que vai apelar ao Tribunal de Justiça e classificou a sentença como "monstruosa".

Outro policial civil condenado e que também já está preso é o investigador Roberto Mazur Giebeluca, que sofreu uma pena de 5 anos e 6 meses de reclusão. O advogado de defesa, Flavyanno Laidane Fernandes, estava em viagem e não foi encontrado pela reportagem.

Os dois policiais também são alvo de uma investigação na Corregedoria da Polícia Civil. O juiz do caso determinou que Vargas continue preso e que Giebeluca seja transferido para o sistema semiaberto.

Conforme a assessoria de imprensa da Polícia Civil do Paraná, os dois procedimentos internos contra os policiais ainda não foram concluídos.

Mais dois homens foram condenados a uma pena de 5 anos e 6 meses de detenção: o ex-policial militar Fabian Leopoldo Brunoski e Enio Ferreira de Lima. O advogado de Lima, Edson Aparecido Stadler, não foi localizado pela reportagem, mas o advogado de Brunoski, Alexandre Postiglione Bührer, informou que irá recorrer devido à falta de provas contra o seu cliente. Brunoski está preso, mas receberá o alvará de soltura, conforme determina a sentença, para responder ao processo em liberdade.

Uma terceira policial civil que havia sido denunciada pelo Ministério Público foi absolvida. A promotora Vanessa Harmuch Perez Erlich informou que está satisfeita com a sentença e que não irá recorrer.

Apreensão

Em março de 2010 foram apreendidos 21,3 quilos de crack – suficientes para fazer 110 mil pedras de crack – durante uma operação policial na BR-376, próximo a Ponta Grossa. A droga foi encaminhada ao deposito da delegacia e, em julho do mesmo ano, o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Paraná recebeu a denúncia de que 15 quilos da droga foram trocados por parafina. O material foi analisado e se comprovou a substituição. A droga foi vendida pelos envolvidos no caso.

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