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Policial militar é baleado e pode perder o movimento das pernas

Outro policial foi baleado na região de Curitiba horas antes da morte de Antônio fernando da Silva. Um sargento da Polícia Militar foi baleado na noite de quinta-feira (26) em Fazenda Rio Grande, cidade da região metropolitana de Curitiba, e pode perder o movimento das pernas, segundo informações da PM. José Adyl Ribeiro, 62 anos, teria tentado impedir um assalto, mas o bandido reagiu à voz de prisão e desferiu vários tiros. Horas mais tarde, o bandido morreu em confronto com a Polícia Militar.

Por volta das 20h30, na Rua Nogueira, bairro Eucaliptos, Ribeiro avistou um bandido tentando assaltar um transeunte. Segundo a PM, o mesmo bandido teria roubado o filho de Ribeiro horas antes.

Ribeiro tentou render o bandido com um mata-leão, de acordo com a PM, mas o bandido teria se desvencilhado e efetuado os disparos. Uma ambulância levou Ribeiro ao Hospital do Trabalhador, onde permanecia na Unidade de Terapia Intensiva até as 17h desta sexta-feira (27). Informações da PM dão conta que os tiros atingiram a coluna vertebral do policial e, mesmo que sobreviva, há a possibilidade que ele perca o movimento das pernas.

Ribeiro estava na reserva remunerada da PM e trabalhava como taxista em Fazenda Rio Grande.

Confronto

Algumas horas mais tarde, o bandido foi localizado por uma equipe da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) e teria fugido para um matagal. Ao ser alcançado pelos policiais, o bandido teria feito disparos. No revide, foi alvejado e morto. O suposto criminoso, de cerca de 20 anos e não identificado até a tarde desta sexta-feira, foi levado morto até o Hospital do Trabalhador, onde foi recolhido ao Instituto Médico Legal.

Um policial civil foi baleado por volta das 11 horas desta sexta-feira (27) na praça central da Vila Nossa Senhora da Luz, no bairro Cidade Industrial de Curitiba. Antonio Fernando da Silva, 64 anos, chegou a ser socorrido e encaminhado para o Hospital do Trabalhador com vida. O policial, porém, não resistiu ao ferimento e morreu no início da tarde.

O suspeito teria fugido em uma bicicleta na direção do terminal de ônibus do bairro. Cerca de dez equipes policiais fizeram buscas nas imediações, mas até as 18h20, ninguém havia sido preso.

A Delegacia de Homicídios estima que o crime seja uma retaliação à Polícia Civil. Recentemente, um traficante influente da região teria sido preso. A morte de Silva seria uma retaliação à coporação.

A mulher de Silva, Vanira Fernandes, conta que o criminoso chamou seu marido pelo apelido, "Catarina", no portão da casa. Logo depois, ouviu o som dos tiros. "Quando fui para a frente da casa, vi o Catarina correndo em direção ao sofá, com a mão do lado do corpo", relata. Os familiares de Catarina dizem que ele não tinha rixa com ninguém e evitava se relacionar com pessoas envolvidas com o tráfico de drogas na região.

O funcionário de um comércio na frente da casa do policial conta ter ouvido cinco estampidos. O setor de assistência social do Hospital do Trabalhador disse que a vítima morreu com um tiro no tórax.

A vítima

Catarina trabalhava na Divisão de Infraestrutura da Polícia Civil. "Muito trabalhador, bom companheiro. Ele era querido por todos", lembra a telefonista e companheira de trabalho de Silva Maria da Graça. Catarina estava desde o início do ano sob licença médica em razão de complicações cardíacas e estava a ponto de ganhar a aposentadoria. Tinha quatro filhos. Os moradores da Vila Nossa Senhora da Luz ficaram consternados com o assassinato. O motorista Osni Faria, 39 anos, amigo do policial, disse lamentar a perda. "O Catarina era uma pessoa dedicada e não tinha nada de desabonasse sua conduta", contou.

Praça de guerra

A praça central da Vila Nossa Senhora da Luz é conhecida por ser um lugar frequentado por usuários e traficantes de drogas. Até mesmos policiais que patrulham a região admitem isso. "Ver polícia, com giroflex sirene, é raridade. Não tem ninguém para colocar ordem aqui", desabafou uma mulher que mora há 36 anos na região.

Uma mercearia de frente para praça expõe várias marcas de tiros de assaltos feitos ao comércio. "Todo dia, toda hora você escuta os estouros e reza para não ser a próxima vítima", disse um comerciante que trabalha nessa mercearia.

"Mais tardar no domingo vai ter mais morte. Aqui é assim, começa com um homicídio, termina com vários", analisou um vizinho que mora há cerca de 50 metros de onde aconteceu o crime.

As queixas dos populares foram levadas à assessoria de imprensa da Polícia Militar às 18h50. Até o momento, não houve resposta.

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