• Carregando...

Um assalto à farmácia Nissei da Avenida Iguaçu, no sábado à noite, resultou na morte de um policial do Batalhão de Trânsito de Curitiba (BPTran). Três ho­­mens chegaram por volta das 22 horas à farmácia, assaltaram o local e fugiram em um veículo modelo Corsa. A viatura da BPTran recebeu, por rádio, o alerta de roubo e encontrou o trio nas proximidades da Avenida do Batel, entre o shopping Crystal e o restaurante Kharina.

De acordo com informações da Polícia Militar, o carro do Bptran cercou o Corsa, e os dois policiais desceram para fazer a abordagem. Durante a revista, um dos assaltantes se escondeu atrás de uma floreira, sem ser percebido. Enquanto os policiais algemavam os outros dois, o ladrão escondido surgiu repentinamente, pegou a pistola do soldado Fabiano Neves, 33 anos, e atirou na cabeça dele. Neves morreu no local.

O companheiro do policial correu atrás do assaltante que fez o disparo. O ladrão foi en­­contrado nas proximidades da Praça Ouvidor Pardinho e reagiu com tiros quando viu o companheiro de Neves. O policial revidou e acertou o assaltante nas pernas e nos braços. Ele foi levado ao Hospital Evangélico com vida. Os outros dois estão presos na Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba.

Neves era da cidade de Palmeira, interior do Paraná. Ele foi velado e sepultado na cidade natal ainda ontem.

Ronda

Desde a zero hora de sábado até as 18 horas de ontem, foram contabilizadas 16 mortes violentas no Instituto Médico Legal (IML). O sistema do IML chegou a ficar fora do ar durante a tarde de domingo, por causa da chuva, por isso o relatório de mortes saiu incompleto. Não constava, entre as mortes violentas, o nome do policial Fabiano Neves.

Entre as vítimas está Aparecida de Fátima Alves Garcia, 34 anos. O corpo dela foi encontrado ontem pela manhã, por volta das 8 horas, em um terreno baldio na Rua José Lopacinski, no bairro Orleans. Ela estava nua e com o corpo cheio de lesões e o pescoço com sinais de esganadura. Aparecida foi morta a três quadras de casa. Ela teria ido com uma amiga ao Clube Dançante Hermann, que fica na Avenida Toaldo Túlio. Na volta para casa, dois homens teriam abordado a mulher e a arrastado para o terreno. Segundo o policial Anderson Magalhães, da Delegacia de Homicídios, a calça de Apa­­recida estava com marcas de barro – vestígios de que ela foi levada à força para o terreno.

Aparecida era querida pela comunidade. Trabalhava havia 10 meses em um mercado do bairro e não tinha problemas com ninguém. "Ela fazia a limpeza aqui do mercado. Saiu no sábado às 17 horas. Hoje (ontem) era folga dela. Era uma pessoa de confiança, trabalhadora", afirma o dono do mercado, Lorival Gonçalves Pereira. Ela deixou dois filhos, um de 15 anos e outro de 8. Ela era divorciada, por isso o filho menor deve voltar a morar com o pai na cidade de Nova Aurora, no interior do estado. O maior, que é filho de outro homem, ainda não sabe o que vai fazer. O proprietário do imóvel que Aparecida alugava, Alberto Euzébio de Palma, se ofereceu para cuidar do rapaz de 15 anos. "Tenho os três como filhos. Não acredito que isso aconteceu", disse.

Ainda durante a madrugada de domingo, um triplo homicídio aconteceu no bairro Cajuru. Um rapaz de 17 anos e outros dois homens, com 30 e 35 anos, foram mortos na frente de um bar da região por volta das 5 horas da madrugada. Eles eram usuários de drogas. Segundo a mãe do rapaz menor de idade, que prefere não ser identificada, acredita-se que ele foi morto porque tinha dívidas com um traficante.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]