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Um policial militar acusado de jogar gasolina e atear fogo em um rapaz de 19 anos, no bairro do Jabaquara, na Zona Sul de São Paulo, foi preso na madrugada deste sábado (8). O jovem e um colega estavam em uma moto e pararam por falta de combustível. Um casal ofereceu ajuda e foi buscar a gasolina. Enquanto esperavam, uma viatura da Polícia Militar, com quatro policiais, parou e abordou a dupla. O casal chegou com o combustível e foi embora.

"Mas os policiais ficaram perguntando onde estava a arma. Ele falou vocês aí têm tatuagem de ladrão e não têm uma arma?", disse Willian Gonçalves, de 22 anos, que também estava na moto.

Após uma discussão, o soldado Marcelo Ribeiro, de 33 anos, e há dois na corporação, pegou a gasolina e jogou sobre os dois amigos. Em seguida, acendeu um fósforo e também jogou sobre eles. Willian conseguiu fugir, mas Washington Ramalho começou a pegar fogo. Ele teve queimaduras de terceiro grau em 40% do corpo.

"O policial jogou a gasolina na minha cabeça e ainda ficou brincando com o fósforo", contou Gonçalves. A polícia procura o casal que ajudou a dulpa para prestar esclarecimentos.

O comandante da PM Gilson Araujo condenou a atitude do policial, que foi preso pelos próprios colegas da viatura. "Foi uma atitude isolada e não compactuada pelos colegas, já que eles mesmos prenderam o agressor", disse o comandante.

O soldado Marcelo Ribeiro foi levado para o Presídio Romão Gomes, na zona norte de São Paulo. Ele também apresenta queimaduras nos braços. O policial não tem advogado constituído, mas a Polícia Militar confirmou que, em depoimento, ele confirmou ter jogado o combustível sobre o rapaz. O solado será autuado em flagrante por tortura e tentativa de homicídio.

A Polícia Militar divulgou nota sobre o caso: "A Polícia Militar esclarece que, em circunstâncias que são objeto de apuração criminal e disciplinar, durante uma abordagem policial ocorrida nesta madrugada na zona sul da capital (bairro do Jabaquara), uma pessoa foi vítima de queimaduras. Todas as ações visando a apuração do fato foram adotadas de imediato pela Instituição, o que culminou na prisão em flagrante de um Policial Militar, apontado preliminarmente como autor da agressão. O acusado está sendo encaminhado ao Presídio "Romão Gomes". Ressalta-se que a voz de prisão foi dada no próprio local dos fatos pela graduada que compunha uma das equipes que atendiam a ocorrência. O policial apontado como autor dos fatos que levou às queimaduras foi contido pelos demais componentes das equipes que não compactuaram com a atitude do acusado. A Corregedoria da PM acompanha de perto o caso. A Polícia Militar esclarece ainda que não compactua com atos ilegais e apura com rigor desvios de conduta e crimes eventualmente cometidos por seus integrantes, de acordo com a Lei."

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