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De acordo com a PF, policial atirou porque veículo estava em alta velocidade e foi confundido com carro de bandidos

Um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) abriu fogo contra o carro em que um casal de Curitiba passava pelo posto da corporação, em Céu Azul, no Oeste do estado. De acordo com a PRF, o veículo estava em alta velocidade e os ocupantes foram confundidos com outro casal que pratica assaltos na região a bordo de um carro parecido.

O carro foi atingido por quatro tiros, que acertaram uma das portas, um pneu e parte de baixo do veículo. Os ocupantes, Donizete de Medeiros e Amanda Ramos, voltavam de Foz do Iguaçu e só pararam depois de ouvir o impacto dos disparos. "Paramos assim que ouvimos o barulho na porta. A gente não tinha reparado que era tiro", disse Medeiros, em entrevista ao telejornal ParanáTV, da RPC-TV, veiculada nesta terça-feira (29).

O casal alega que não viu quando o policial rodoviário federal deu a ordem para que eles parassem. "Ele falou que sinalizou com a lanterna, mas ele estava saindo da guarita. Ele não estava na pista", disse Amanda.

As vítimas da ação procuraram a Corregedoria da PRF e a Polícia Federal para denunciar o caso. A PF informou que vai instaurar inquérito para apurar se houve crime por parte do policial. A Polícia procura um outro motorista que também teve o carro atingido por tiros.

O casal já prestou depoimento e afirmou à PF que o policial que efetuou os disparos teria chegado a preencher um cheque no valor de R$ 700 e oferecido ao motorista do outro carro para cobrir os prejuízos provocados pelos disparos. A PF confirmou a versão.

No fim da perícia do carro do casal, constatou-se que o veículo é roubado. Medeiros e Amanda afirmaram que adquiriram o veículo há cerca de um ano e garantiram que não sabiam das condições do carro. A Polícia agora vai investigar quando e onde aconteceu o roubo.

PM admite erro e afasta policiais que atiraram em carro com família

A Polícia Militar (PM) reconheceu, na tarde de segunda-feira (29), que os policiais que perseguiram e atiraram no carro onde estava uma família, erraram e não seguiram a conduta orientada pela corporação. Paulo Roberto Stricker, de 33 anos – que estava no veículo com a mulher dele, a filha de 16 anos e o filho de 8 meses – foi atingido nas costas. Os dois policiais envolvidos na ação foram afastados e a PM instaurou um inquérito policial para apurar o caso.

A falha da PM foi admitida em entrevista coletiva, concedida pelo comandante do Policiamento da Capital, coronel Jorge Costa Filho. "Foi uma fatalidade. Essa não é a postura recomendada pela PM. Entre deixar uma pessoa fugir e arriscar uma vida, é melhor deixar a pessoa empreender fuga", disse o coronel. "A orientação é que, em casos como esse, os PM's peçam reforço e depois busquem cercar o suspeito", completa Costa.

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