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O rastro de luz que cruzou os céus de cidades da região Oeste do Paraná e intrigou a população no início da noite desta quarta-feira (22) provavelmente foi um meteoro. Esta é a avaliação do professor Janer Vilaça, coordenador do Polo Astronômico de Itaipu, em Foz do Iguaçu. Ele ressalta, no entanto, que não se pode descartar a possibilidade de ser lixo espacial que por alguma razão foi atraído para o solo terrestre.

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De acordo com Vilaça, apesar de ser comum o deslocamento de meteoros, geralmente eles têm um tamanho menor e um o fenômeno como o de terça-feira é raro. “Isso (queda de meteoros) é muito comum, mas é raro desse tamanho quando é visto por um grande número de pessoas”, explica. Conhecidos popularmente como “estrelas cadentes”, os meteoros são partículas sólidas oriundas do espaço que entram na atmosfera terrestre provocando um rastro de brilho.

Veja um vídeo amador que registrou o fenômeno:

O Polo Astronômico está em contato com professores da região que recentemente concluíram um curso de astronomia para obter mais dados sobre o fenômeno. Vilaça diz que a segunda hipótese é de que seja um pedaço de satélite inativo que tenha caído. Ele diz que tanto o meteoro quanto uma queda de lixo espacial podem provocar sons, mas não tremores como algumas pessoas relataram.

O físico Abraão Jessé Capistrano de Souza, que também trabalha com astronomia, tem a mesma visão do coordenador do Polo Astronômico. Ele acredita tratar-se de um meteorito, que possivelmente tinha o tamanho de uma azeitona. Segundo ele, o fenômeno é comum, mas geralmente ocorre em regiões desabitadas. “Nosso planeta é 70% coberto de água, por isso não é comum (um meteorito) cair em regiões povoadas”, enfatiza.

Ele lembra que no Brasil existem algumas crateras, principalmente nos estados de Tocantins e Minas Gerais, provocadas por meteoros que caíram no passado. O som relatado pelas pessoas, segundo Capistrano, que é professor na Unila (Universidade Latino Americana), é provocado pela velocidade de deslocamento do meteorito e o atrito com o ar. Isso faz com que haja um aquecimento e consequentemente o corpo celeste ganha forma de bola de fogo. Ele também não descartou a possibilidade de se tratar de lixo espacial.

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