• Carregando...

A região metropolitana de Curitiba aparece em um estudo inédito da Organização Mundial da Saúde (OMS) como a quinta área do Brasil e a 360.ª do mundo com os piores índices de poluição do ar. A taxa de 29 microgramas de poluição por metro cúbico de ar (ug/m³) na capital paranaense supera a recomendada pela OMS: de 20 microgramas. A cidade mais poluída entre as 1,1 mil localidades pesquisadas é Ahwaz, no Irã, com 372 ug/m³. Entre as zonas metropolitanas brasileiras, a do Rio de Janeiro tem a pior colocação – é a 144.ª, com 64 microgramas.

Entre Rio de Janeiro e Curi­tiba aparecem as regiões de Cubatão (48 microgramas), Campinas (39) e São Paulo (38). No geral, o Brasil tem uma média de poluição do ar duas vezes superior ao que estabelece a OMS. Os dados tomam por base 68 estações em quatro estados. O poluente considerado é o material particulado – a poeira formada principalmente pela queima de combustíveis. Essas micropartículas, com até 10 milésimos de milímetro, podem causar asma, câncer e doenças cardíacas.

De 91 países avaliados, o Brasil é o 44.º com maior índice médio de poluição. A situação mais preocupante é a do Rio de Janeiro. Procurado, o governo do Rio atribuiu o alto índice de poluição do ar constatado no levantamento à grande circulação de veículos na região metropolitana.

Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), carros, ônibus e caminhões são fontes de mais de 70% dos poluentes detectados. O sistema semiautomático que mede poluição por acúmulo de horas, diferente do de São Paulo, também contribuiria para uma distorção no ranking.

Mortes

De acordo com o coordenador do Departamento de Saú­de Pública e Meio Ambiente da OMS, o brasileiro Carlos Dora, uma redução da poluição aos níveis aceitáveis pela OMS reduziria em 15% o número de mortes anuais por problemas respiratórios no Rio.

Maria Neira, diretora da OMS para Saúde Pública e Meio Ambiente, acredita que o investimento em transporte público pode ser a solução. "Basta ver o que os países ricos fizeram. Há décadas, estavam entre os locais mais críticos do mundo e conseguiram reverter essa situação."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]