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Paranaguá e Londrina – Os pombos da região portuária de Paranaguá se transformaram em um desafio para a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e a Secretaria Municipal de Saúde. A Appa pretende contratar uma empresa para o manejo das aves, que se alimentam dos restos de soja e cereais despejados pelos caminhões nas ruas da cidade. "A responsabilidade que estamos assumindo também deveria ser absorvida pelo município, porque as aves não estão apenas no porto, mas em todo o seu entorno e em toda a cidade", explica a chefe do setor de meio ambiente da Appa, Noelle Saborido.

O controle das aves deverá ser feito por abate, seguindo normas sanitárias e de preservação do meio ambiente. A preocupação da administração portuária está em garantir a higiene do terminal de embarque e reduzir os riscos à saúde pública. "Não há levantamento oficial sobre o índice populacional de pombos. Será abatida a quantidade necessária para manter uma população que não venha causar riscos à saúde", diz.

Apesar de concordar com o abate dos animais, a Secretaria Municipal de Saúde não acredita que a medida irá resolver o problema. "A oferta de alimento para os pombos na região portuária é muito grande. Se for reduzida, o número de aves também diminui", aposta a secretária Izolda Maciel. Para ela, a limpeza e varrição das ruas da região pode fazer com que as aves migrem para outros locais, como está sendo feito pela Vigilância Sanitária do município. Os moradores também são orientados a não alimentarem os animais e a manterem as ruas e terrenos limpos.

Em Londrina, no Norte do estado, a população estimada de 170 mil pombos em 21 ruas na área central da cidade foi tema de um projeto elaborado pelo professor Ivens Guimarães, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O secretário municipal do Meio Ambiente, Gérson Silva, solicitou uma cópia do estudo à UEL. "É importante que tenhamos acesso a esse projeto para subsidiar melhor nossas ações", justificou.

De acordo com Silva, a Autarquia do Serviço Municipal de Saúde (ASMS) está fazendo um monitoramento para verificar se há a incidência de alguma doença que possa ter relação com os pombos. O secretário quer saber se as fezes das aves podem transmitir doenças. O município não descarta o abate das aves para reduzir a superpopulação.

Segundo Guimarães, o projeto já foi apresentado aos órgãos ambientais. "É um plano de monitoramento sanitário. Minha proposta é aproveitar a captura e o abate dos pombos e colher o material para exames. Assim, teremos um indicador sanitário", explicou.

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