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A ponte sobre a Represa Capivari-Cachoeira, na BR-116, voltou a receber o tráfego de veículos no sentido Curitiba-São Paulo, na tarde de ontem. A entrega da obra ocorreu um ano e dois meses depois da ponte ter desabado parcialmente, provocando a morte do caminhoneiro Zonardi José Nascimento, 63 anos.

Ao longo de todo este tempo, a entrega da ponte reconstruída, cuja obra custou R$ 29,5 milhões, foi adiada pelo menos seis vezes pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit). A demora para a entrega da ponte se deve, segundo o Dnit, às dificuldades da obra. "Primeiro tivemos de fazer as obras de contenção para depois começar a reconstrução. E a chuva atrapalhou bastante", explica o engenheiro supervisor do Dnit no Paraná, Ronaldo Jares.

A nova ponte tem 120 metros de extensão, 40 metros a mais do que a antiga. O aumento na extensão procura dar mais segurança à obra, já que a ponte caiu devido a movimentos geológicos, comuns em áreas de serra. "Fomos surpreendidos por problemas da natureza que não vão mais nos surpreender. Os motoristas podem ficar tranqüilos, a ponte está bem segura", afirma o coordenador do Dnit no Paraná, David Gouvêa.

Por via das dúvidas, os motoristas que passavam ontem pelo trecho resolveram pedir proteção divina. Ao atravessar a ponte, muitos faziam o sinal da cruz. "Espero que agora agüente, fico com medo", diz o caminhoneiro Gilmar do Livramento, 46 anos. Um inclinômetro, aparelho utilizado para verificar as atividades geológicas da região, foi instalado pelo Dnit, a fim de monitorar o movimento da encosta. "É um equipamento caro que não pode ser instalado em todos os locais, colocamos só nos pontos mais críticos", explica o diretor de Infra-estrutura Terrestre do Dnit, Ideraldo Luiz Caron.

O tráfego no trecho é intenso. Cerca de 17 mil veículos passam pelo local todos os dias, em cada um dos sentidos, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal. A prefeita de Campina Grande do Sul (onde se localiza a ponte), Nelise Dalprá, acredita que as obras foram benéficas para a cidade. "Além de melhorar a qualidade de vida dos moradores, com o imposto sobre o serviço realizado, com verba que a cidade ganhou será possível construir 13 quilômetros de vias na região", afirma.

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