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Evolução

Paraná teve queda de 16,1% no índice

No Paraná, o índice de vulnerabilidade das famílias caiu 16,1%, passando de 24,3 para 20,4. De acordo com as informações do Ipea, o Paraná ocupa a sexta posição entre os estados com os menores índices de vulnerabilidade do país, atrás do Distrito Federal, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, respectivamente. Entre as dimensões analisadas, a maior redução foi registrada no acesso ao trabalho (25,2%) escassez de recursos (32,5%) e desenvolvimento infantojuvenil (29,6%), ou seja, mais pessoas ingressaram no mercado de trabalho, houve aumento da renda per capita e menos crianças estão fora das escolas ou trabalhando no estado.

"O que podemos observar no Paraná são regiões bastante desenvolvidas que puxam o crescimento do estado para cima, mas é preciso corrigir as disparidades, descentralizando a oferta de serviços, gerando oportunidades e promovendo a inclusão", afirma a professora da PUCPR. Para Julio Suzuki, diretor de pesquisas do Ipardes, a queda no índice de vulnerabilidade verificada no Paraná se dá, sobretudo, pelos rendimentos oriundos do acesso cada vez maior ao mercado de trabalho.

Brasil

No Brasil, houve melhorias significativas em todas as dimensões analisadas, porém, o destaque foi para aquelas que são influenciadas diretamente pelo crescimento econômico, como o acesso ao mercado de trabalho e a escassez de recursos, que apresentou redução de 24,2%. Segundo o estudo, a elevação da renda foi garantida principalmente pela ampliação dos programas de transferência do governo.

Curitiba é a capital brasileira cuja população apresenta o menor índice de vulnerabilidade no país, segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que comparou capitais, regiões metropolitanas e estados brasileiros. De 2003 para 2009, a capital paranaense saltou de 18 para 14,9, registrando queda de 17% no índice que aponta as carências e fatores que dificultam o crescimento da qualidade de vida da população do país. O desempenho verificado na capital foi melhor do que o registrado no Paraná ( queda de 16,1%) e no Brasil (14,3%).

O estudo intitulado Vulne­ra­bi­lidade das Famílias entre 2003 e 2009, divulgado ontem pelo Ipea, analisa a qualidade de vida das famílias ou, no outro extremo, os níveis de vulnerabilidade a que elas estão sujeitas. Para fazer o índice o estudo leva em consideração 48 critérios de seis dimensões que influenciam diretamente a qualidade de vida ou a vulnerabilidade das famílias: vulnerabilidade so­­cial, acesso ao trabalho, acesso ao conhecimento, escassez de recursos, desenvolvimento infanto-juvenil e condições habitacionais.

Entre as nove capitais metropolitanas analisadas pelo Ipea, Curitiba, Belo Horizonte e Porto Alegre se destacaram pela queda do índice ao longo desses seis anos, fato que aponta para a melhoria das condições de vida de suas populações. No entanto, Curitiba também integra – juntamente com Belo Horizonte e Fortaleza –, o grupo das capitais que apresentam maior disparidade no índice em relação as suas periferias. A Região Metropolitana de Curitiba apresentou redução de 14,3% no índice de vulnerabilidade, passando de 23,9 para 20,4.

Diferença

A diferença entre o índice de vulnerabilidade de Curitiba e da RMC mostra que as cidades periféricas não conseguem acompanhar o ritmo de desenvolvimento da capital, explica Jucimeri Silveira, professora de Serviço Social da PUCPR. "Curitiba é um polo regional que atrai pessoas para as cidades ao seu entorno. Porém, sem estrutura física e social para comportar o crescimento populacional, a RMC sofre os efeitos do crescimento desordenado, do desemprego e da concentração da po­­breza, ficando mais sujeita às con­­dições de vulnerabilidade", diz.

Para Julio Suzuki, diretor de pesquisas do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), em um contexto de crescimento econômico onde todas as capitais apresentaram queda do índice de vulnerabilidade, Curitiba se destaca por dois fatores: a ausência de população no meio rural – onde a pobreza está mais concentrada e o combate a vulnerabilidade é mais difícil – e a condição orçamentária favorável, que possibilita a execução de políticas públicas que beneficiam a população.

Segundo o estudo do Ipea, é possível observar um contraste em relação ao ambiente urbano e rural em todo o país com relação à queda nos índices de cada dimensão analisada. Enquanto no meio rural, a vulnerabilidade social, o desenvolvimento infantojuvenil e condições habitacionais apresentaram as maiores reduções nos índices, as áreas urbanas se destacaram pela redução dos índices que apontam o acesso ao conhecimento, ao trabalho e escassez de recursos.

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