Cerca de 200 proprietários rurais, empresários, comerciantes, representantes de igrejas, estudantes e escoteiros fizeram ontem um protesto em Mauá da Serra, a 320 quilômetros a Noroeste de Curitiba, contra a instalação de uma indústria de reciclagem de chumbo no município. O empreendimento já tem cerca de 80% de sua planta pronta, numa área de terras dentro da Serra do Cadeado, próximo aos rios Preto e do Meio, afluentes do Tibagi, que é utilizado como manancial de abastecimento de Londrina e outras cidades da região.

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Há poucos dias, a juíza Ana Cristina Penharbel Moraes, da Comarca de Marilândia do Sul, concedeu liminar em ação cível proposta pelo promotor público Luiz Fernando Feitosa determinando a paralisação das obras de implantação da Metalúrgica CPG Ltda. Também veda o licenciamento ambiental autorizado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e estabeleceu multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da medida. A liminar considera os riscos de contaminação pelo chumbo, apontado como metal cancerígeno.

Em primeira instância o IAP também é citado a prestar esclarecimentos por ter concedido licença de instalação da indústria, sem antes exigir Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/RIMA). A metalúrgica apresentou recurso no Tribunal de Justiça do Paraná contra a liminar. O chefe do escritório regional do IAP em Ivaiporã, Maurício Frederico, diz que a Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro) foi encarregada de fazer um estudo de impacto ambiental, que deve ser concluído em julho.

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Respondem pela empresa Rosalina Petrovicz, residente no Conjunto Parigot de Souza (Londrina); Isabel Aparecida Barreto, do bairro Ribeirão Quati (Londrina); e Neiva Maria Kesseler, moradora na periferia de Chapecó-SC. Para o produtor rural Fernando Monteiro e o empresário Luiz Meneghel Neto, elas seriam "laranjas". "Temos informações de que para pôr em funcionamento uma indústria deste porte seriam necessários cerca de R$ 5 milhões", diz Monteiro.