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"O estrondo foi mais alto do que se pode imaginar. Acordou meu filho de 10 meses e minha mulher – ambos estavam assustados. Fiquei com um zunido no ouvido que conseguiu me desorientar por segundos. No instinto, continuei a dirigir, em velocidade baixa, sem mudar a trajetória do carro. Entendi o que aconteceu aos poucos. A figura que eu vi no acostamento jogou uma pedra grande como uma laranja que entrou por uma janela e saiu pela outra, cruzando minha frente da direita para a esquerda.

A pedra esbarrou na porta por milímetros – o suficiente para mudar de trajetória, desviar da minha cabeça e estourar a janela à esquerda do banco de motorista. Depois de ver que estávamos todos bem (e cobertos de cacos de vidro, inclusive o bebê), decidimos parar no último posto policial antes de Curitiba. Foi uma sensação estranha. Eu era impotente porque não havia nada que pudesse fazer. Por pouco, não vivi uma tragédia com minha família. Ao mesmo tempo, por ver que saímos ilesos – fora os arranhões dos cacos –, eu me senti invencível."

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