A Secretaria do Meio Ambiente de Paranaguá, em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e a Vigilância Sanitária do Estado, começou a recolher animais que eram alimentados dentro do aterro sanitário do Embocoí, no litoral do estado, onde crianças foram flagradas pelo Ministério Público do Trabalho disputando lixo com urubus. Até agora, 90 porcos e uma vaca foram apreendidos na Vila Santa Maria, comunidade vizinha ao depósito. A ação contou com o reforço de quatro policiais militares e causou revolta entre os donos dos bichos.
Os proprietários alegam que os animais que foram recolhidos não estavam dentro do lixão. Celina Moreira Lima, dona da vaca, diz que os policiais entraram no seu quintal para recolher o animal. Ela conta que levava a vaca para pastar numa área perto do lixão, mas nunca a deixou dentro do depósito. "Eu criava a vaca para vender leite", comenta.
De acordo com a prefeitura de Paranaguá, independente dos animais estarem dentro do lixão, o código de posturas do município não permite a criação de animais para consumo dentro da área urbana. "O local ali não é adequado para a criação deste tipo de animal. Além disso, eles estavam em péssimo estado", disse o chefe da Vigilância Sanitária da 1.ª Regional de Saúde do Estado, Emmanuel Panteliadis. Os porcos e a vaca foram levados para uma granja particular, na zona rural de Paranaguá. Os bichos estão sendo examinados e permanecerão em quarentena.
Panteliadis informa que as famílias poderão recuperar os bichos desde que comprovem que possuem um lugar adequado para criá-los. Enquanto isso, a prefeitura deve manter cinco fiscais se revezando durante todo o dia, para evitar que a população vizinha volte a colocar animais dentro do depósito.
As ações conjuntas da prefeitura de Paranaguá e do governo do estado foram tomadas depois de matéria publicada pela Gazeta do Povo, há duas semanas. A reportagem denunciava a situação de risco de crianças que trabalhavam retirando material reciclável do depósito. Depois da publicação, as crianças foram incluídas em programas sociais do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, implantados pelo governo do estado e pela prefeitura de Paranaguá.
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