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Segundo levantamento, Paraná ampliou em 30% gastos com policiamento no ano passado | André Rodrigues/Gazeta do Povo
Segundo levantamento, Paraná ampliou em 30% gastos com policiamento no ano passado| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

Violência sexual

Casos de estupros cresceram 18% no país, aponta anuário

O número de estupros no Brasil subiu 18,17% em 2012, na comparação com o ano anterior, conforme o 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Em todo o país, foram registrados 50,6 mil casos, o correspondente a 26,1 estupros por grupo de 100 mil habitantes. Em 2011, a taxa era de 22,1.

Os estados com as maiores taxas de estupro para cada 100 mil habitantes foram Roraima, Rondônia e Santa Catarina. As menores taxas, por sua vez, ocorreram na Paraíba, no Rio Grande do Norte e em Minas Gerais. No Paraná, foram registrados 3.523 casos de estupros em 2012, o equivalente a uma taxa de 33,3 estupros a cada 100 mil habitantes.

Segundo dados do documento, o total de estupros em todo o país – 50,6 mil casos – superou o de homicídios dolosos (com intenção de matar). Foram registradas 47,1 mil mortes por homicídio doloso em 2012, subindo de 22,5 mortes por grupo de 100 mil habitantes em 2011, para 24,3 no ano passado, uma alta de 7,8%.

Alagoas continua liderando o ranking de homicídios dolosos com 58,2 mortes por grupo de 100 mil habitantes. No grupo de estados com as menores taxas de morte por grupo de 100 mil habitantes estão Amapá (9,9), Santa Catarina (11,3) e São Paulo (11,5).

22 mil presos foi o total da população carcerária do Paraná contabilizada em 2012 – um aumento de 7,6% em relação a 2011. Enquanto o Brasil tem, em média, 38% dos detidos aguardando julgamento, no Paraná esse número é de apenas 12,2%, menor média do país.

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Os gastos com segurança pública do Paraná chegaram aos R$ 2,04 bilhões em 2012, um incremento de 27,21% em relação ao ano anterior. Mesmo assim, o estado presenciou também um avanço no total de homicídios dolosos (com intenção de matar) e latrocínios. Os dados estão na 7.ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, produzida pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Os detalhes do estudo serão apresentados hoje de manhã, em São Paulo.

Segundo o levantamento, o Paraná ampliou em 30,67% seus gastos com policiamento e 32,66% com inteligência e informação, destinando, respectivamente, R$ 1,89 milhão (mais do que a União, que gastou 1,43 milhão) e R$ 31,1 milhões com cada subfunção. O estado, entretanto, reduziu seus gastos com defesa civil. Em 2001, a pasta havia consumido R$ 129,68 milhões do total destinado a segurança pública no Paraná. Em 2012, esse montante foi de R$ 114,37 milhões, representando uma retração de 11,81%.

Crime

Apesar do aumento dos gastos com segurança pública como um todo, a taxa de mortes a cada 100 mil habitantes subiu de 29,3, em 2011, para 29,6 em 2012, um impulso de 1%, segundo o estudo. No total, foram 3.135 mortes em 2012. No mesmo período, o total de latrocínios (roubo seguido de morte) subiu de 88 para 111, um avanço de 25,4% que elevou a taxa de 0,8 para 1 a cada grupo de 100 mil habitantes.

Além disso, o Paraná foi o estado brasileiro que mais registrou roubos a instituições financeiras em 2012. No total, foram 475 ocorrências desse tipo – um avanço de 29,78%. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), entre essas ocorrências estão incluídas o furto e roubo em ambiente bancário e até em caixas eletrônicos. Segundo a pasta, furtos a clientes dentro da instituição bancária também são contabilizados, o que explicaria o alto número de roubos divulgado pelo anuário.

Contraponto

Quanto ao balanço dos homicídios, a Sesp contesta o levantamento e diz que os números do anuário já estão defasados. A pasta esclarece que, de janeiro a setembro deste ano, os homicídios dolosos caíram 17,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Neste ano já foram registrados nos nove meses 1.907 homicídios, enquanto em 2012 foram contabilizados 2.310 assassinatos. Segundo a Sesp, essa queda é um reflexo do aumento de investimento nos últimos anos.

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