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Rua alagada em Porto Amazonas: 50 famílias desalojadas ou desabrigadas | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Rua alagada em Porto Amazonas: 50 famílias desalojadas ou desabrigadas| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Rios Iraí e Palmital são dragados

Uma operação de varredura começou ontem para limpar dos rios Iraí e Palmital, nos municípios de Pinhais e Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. O trabalho começou depois que centenas de famílias que moram nas margens dos rios viram suas casas serem invadidas pela água no último fim de semana.

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Morte: Corpo é encontrado no Rio Iguaçu

O Corpo de Bombeiros encontrou ontem pela manhã o corpo de mais uma pessoa que estava desaparecida por causa das chuvas da semana passada em Curitiba. O corpo de Evandro Donassdi, 23 anos, foi localizado no Rio Iguaçu, no bairro Caximba, por volta das 9h30. Ele era o motorista do veículo Fiat Marea que caiu no Rio Iguaçu, em São José dos Pinhais, na noite de sábado. O veículo trafegava na Avenida das Tor­res quando o condutor perdeu o controle e caiu no rio.

Uma pessoa ainda está desaparecida. Uma jovem que estava em uma retroescavadeira com um colega, abrindo um dique em Balsa Nova, sumiu quando a máquina caiu na água. Na segunda-feira, os bombeiros encontraram o corpo de Willians Ricardo Jarenko, 23 anos, no Rio Iguaçu. Ele caiu no Rio Atuba na sexta-feira, quando caminhava sobre as tubulações da Sanepar.

Fernada Leitóles

Porto Amazonas e Curitiba - Cinco cidades do Paraná decretaram situação de emergência por causa das chuvas que atingem o estado desde o dia 21. Ontem, a prefeitura de Porto Amazonas, no Sudeste do estado, anunciou que vai pedir a homologação da situação de emergência. O Rio Iguaçu está 6,48 metros acima do nível normal na cidade e há cerca de 50 famílias desalojadas ou desabrigadas. Os pedidos de Piraquara, Pinhais e Colombo, na região metropolitana de Curitiba, estão em fase de homologação pelo governo do estado. Outra cidade em situação crítica é Francisco Beltrão, no Sudoeste. O pedido ainda não foi analisado.

Ontem, caiu de 30.284 para 1.613 o número de pessoas que tiveram de deixar suas casas. Segundo a Defesa Civil do estado, o retorno foi possível por causa da diminuição das enchentes na maioria dos 45 municípios paranaenses atingidos pelas cheias.

Em Porto Amazonas, ruas continuam encobertas, as aulas foram suspensas e alguns serviços públicos, como o do centro de fisioterapia, estão paralisados. O vice-prefeito José Luiz Soldi ficou ilhado e usa um bote para entrar e sair de casa. "Minha família está dormindo na casa de um amigo. Eu fico aqui para cuidar da casa", disse.

Sete famílias estão no centro de convenções do município. A desempregada Jocilda do Rocio Pepe espera a água baixar para voltar para casa. No domingo, quando o rio começou a subir, seu filho mais novo, de 2 anos, caiu na água, mas foi resgatado pelo irmão mais velho. "Perdi muita coisa, mas estamos todos juntos", afirmou. A cheia também afeta a história. O Vapor Tibagi, um barco centenário, foi encoberto pela água.

Em União da Vitória, no Sul do estado, o Rio Iguaçu está 6,53 metros acima do nível normal. Cerca de 150 famílias tiveram que ser retiradas de suas casas. "As pessoas saíram mais por uma medida preventiva, mas muitas casas ainda não estão alagadas", disse Vítor Stern, da Defesa Civil.

Em Santa Catarina, subiu para 43 o número de cidades que decretaram situação de emergência. Em todo o estado, há 7.201 desalojados e 954 desabrigados.

Serviço:

As Coordenadorias de Defesa Civil de Pinhais e Colombo aceitam donativos. Pinhais: Terminal Metropolitano e Secretaria de Obras (Rua Carlos Drummond de Andrade, 166, fone: 3912-5118). Colombo: Corpo de Bombeiros (Rua Felícia Kanya, 797. Fone: 3675-1238).

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