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As lanternas da praça estão quebradas | Gilberto Abelha/Jornal de Londrina
As lanternas da praça estão quebradas| Foto: Gilberto Abelha/Jornal de Londrina

Mesmo sendo vigiada por uma câmera da Polícia Militar, a recém-inaugurada Praça Tomi Nakagawa, em Londrina, Norte do Paraná, já foi alvo de vandalismo. Quatorze lanternas japonesas tiveram seus vidros quebrados. O espaço público, que custou R$ 2,5 milhões, está também com os lagos sujos, acúmulo de terra, papel e garrafas PET. O chafariz, principal elemento da praça, não está sendo ligado e nem todas as luzes ficam acesas à noite.

A obra foi inaugurada no dia 18 de junho pelo príncipe Naruhito do Japão. Foi construída para celebrar o centenário da imigração japonesa no Brasil (Imin 100). "Com muita tristeza e lamentação, vemos o que está acontecendo com a praça. Mesmo diante da câmera de vigilância, houve tempo suficiente para alguém quebrar as lanternas em série. O poder público tem que fazer a sua parte e não deixar que isso aconteça", afirma Kimiko Yoshii, da construtora que realizou o projeto e uma das coordenadoras do Imin-100.

As lanternas quebradas estão ao redor do monumento da praça, cercado por dezenas de pedras avermelhadas (que remetem à chegada dos japoneses a Londrina). "Pergunto como foi possível alguém destruir diante da câmera. Será que ninguém na polícia viu?", questiona o empresário Atsushi Yoshii, presidente do Imin 100 em Londrina.

O chafariz do monumento ainda fica desligado, mas o lago está com água parada e sujeira acumulada. O mesmo acontece na Pista de Reflexologia: chafariz desligado, água parada e suja. Um banco de granito já está quebrado. "Estamos preocupados. Já solicitamos várias vezes à Prefeitura que faça a manutenção do local de forma adequada", afirma Yoshii.

"A praça foi feita com esmero e materiais da melhor qualidade para ser um espaço de lazer e cultural da comunidade. Tudo nela é repleto de significado", diz o empresário. Até agosto, a empresa manteve um funcionário cuidando do local.

Marize Cecato, arquiteta responsável pelo projeto, também lamenta. Conforme explica, o chafariz que deveria jorra água do chão e que está no centro da praça é o principal elemento do local. "O sentido da água é muito forte: representa renovação da vida. Sem a renovação, perguntamos o que a Prefeitura está fazendo pela praça, se não deixando de lado o seu maior sentido?"

PM

A reportagem não conseguiu contato ontem na Polícia Militar pois não há expediente administrativo na corporação nas tardes de quartas-feiras. O JL também procurou a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), mas o responsável não foi localizado.

"A praça é para todos"

"Londrina merecia ter um lugar bonito como é a praça. Mas ela também é um desafio para a comunidade. Pedimos que, se alguém observar um ato de vandalismo ou algo contra a praça, que interfira, que não fique passivamente olhando. A praça é para todos", diz Atsushi Yoshii. Ele lembra que a praça foi projetada para ser palco de atividades e eventos, podendo reunir até 4 mil pessoas. Todos os sábados, praticantes da tai chi chuan se reúnem no local. "Quanto mais a praça for utilizada pela comunidade, mais preservada será", afirma Kimiko Yoshii.

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