• Carregando...
Volante Claiton é uma das novidades no time de Antônio Lopes. Furacão precisa vencer para respirar | Pedro Serápio / Gazeta do Povo / Arquivo
Volante Claiton é uma das novidades no time de Antônio Lopes. Furacão precisa vencer para respirar| Foto: Pedro Serápio / Gazeta do Povo / Arquivo

Ponta Grossa – O fogo consumiu ontem de manhã grande parte da estrutura de um dos mais importantes prédios históricos de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Construído em 1930 por imigrantes sírio-libaneses, o imóvel estava abandonado e agora terá de ser demolido, já que o risco de desabamento é grande, segundo o Corpo de Bombeiros. O major Mário Grande Pires suspeita que o incêndio seja criminoso. A causa será apurada pelo Instituto de Criminalística de Ponta Grossa.

O fogo começou por volta das 7 horas e quando os bombeiros chegaram ao prédio o teto já havia desabado. Vizinhos ainda de pijamas perambulavam pela Rua XV de Novembro, no Centro, assustados com a fumaça e a movimentação. O local foi isolado e moradores tiveram de deixar as residências vizinhas. Segundo o major Pires, o incêndio foi de grandes proporções, mas sem vítimas. "Foram deslocados quatro caminhões-pipa para ajudar a combater as chamas", afirma. Ainda segundo ele, a estrutura do local, que era basicamente de madeira, fez o fogo se alastrar rapidamente.

Segundo a diretora do Patrimônio Cultural do município, Maria Ângela Pilatti, o prédio era muito importante para a paisagem urbana, já que na mesma rua há várias construções históricas. O edifício constava no inventário do Conselho Municipal do Patrimônio Artístico e Cultural (Compac) para ser tombado e não poderia ser reformado sem prévia autorização. A análise para o tombamento estava embargada pela Justiça.

O professor de Geografia e representante da Universidade Estadual de Ponta Grossa no Compac, Leonel Brizolla Monastirsky, suspeita que o dono do imóvel não tinha intenção de conservá-lo. "O proprietário facilitou a entrada de vândalos para que ele fosse destruído."

O proprietário do imóvel, Mário Bittencourt, diz que fazia manutenção regular há oito anos. "Como empresário, eu queria que o prédio estivesse gerando lucros", diz. O edifício de dois andares e 1,5 mil metros quadrados não tinha seguro contra incêndio.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]