O prefeito de Carambeí, Osmar Rickli (PSDB), recebe todos os meses R$ 10,5 mil dos cofres municipais além do salário de R$ 6,5 mil a que tem direito. É que o prédio onde está instalada a sede da prefeitura pertence ao prefeito, que recebe aluguel. O Paço funciona no mesmo local desde que a cidade foi emancipada, em 1996, e o primeiro contrato de locação foi feito por um adversário político de Rickli. Mas a situação ganhou novos contornos e provocou um processo de investigação na Câmara Municipal e outro no Ministério Público.
O pagamento em dia do aluguel renderia desconto de R$ 2 mil, mas parcelas foram quitadas com atraso. O valor da locação foi reajustado dois dias antes da posse de Rickli, quando ele já havia vencido a eleição, e o contrato vence no último dia de gestão do atual prefeito.
Rickli não atendeu à reportagem da Gazeta do Povo e determinou que o chefe de gabinete, Maurício Bernardo, fosse o porta-voz. "Não tem outro lugar na cidade que pudesse acomodar o paço municipal", justificou Bernardo, acrescentando que a cidade tem carência generalizada de imóveis para locação. O prédio de dois andares fica às margens da PR-151, ao lado do supermercado e em frente da madeireira, ambos também de propriedade da família do prefeito. Ainda segundo o chefe de gabinete, por conta das necessidades diversas de investimentos em infra-estrutura, a construção de um prédio próprio não foi elencada como prioridade da gestão, que tem orçamento anual de aproximadamente R$ 27 milhões. Bernardo avalia que a obra custaria R$ 1 milhão equivalente a oito anos de aluguel.
Leia matéria completa no site da versão impressa da Gazeta do Povo. Conteúdo exclusivo para assinantes
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
STF estabalece regras para cadastro sobre condenados por crimes sexuais contra crianças
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis