O prefeito de Cascavel (Oeste), Lisías Tomé, está sendo investigado pelo Ministério Público (MP) por suspeita de superfaturamento da compra de um terreno. Segundo reportagem do telejornal Bom Dia Paraná, o local onde seria construído um cemitério na cidade foi comprado por cerca de R$ 400 mil a mais do que o valor de mercado.
Além do prefeito, o ex-secretário de planejamento Luiz Alberto Círico também é acusado de superfaturar a compra do terreno de 100 mil metros quadrados. A denúncia feita pelo MP foi entregue ao juiz da 3.ª Vara Cível de Cascavel.
Os acusados têm 15 dias para apresentar defesa. Se a suspeita de superfaturamento for comprovada, o prefeito Lísias Tomé poderá perder o cargo e ficar inelegível. De acordo com informações do telejornal, em menos de seis meses o preço do terreno quase triplicou.
Em 2005, um jornal da cidade anunciou a venda da propriedade por R$ 250 mil, mas no mês seguinte a área foi vendida por R$ 350 mil para a empresa NBC Arquitetura e Construções, da qual o então secretário de planejamento é sócio. Por fim, o terreno foi comprado pela prefeitura da cidade por R$ 680 mil.
Para a procuradoria jurídica da prefeitura, a valorização do terreno em tão pouco tempo não chamou a atenção. "Ele (o prefeito) autorizou a compra baseado num laudo técnico, feito por engenheiros, por uma empresa especializada em avaliações. O prefeito não é técnico, é médico, então ele não entende de valores de imóveis. A partir do momento que ele recebeu um laudo dizendo que aquele era o valor do imóvel ele concordou", explicou o procurador Antônio Linares.
No entanto, o caso levantou suspeitas do MP. Quando o inquérito foi aberto, a prefeitura desfez a compra e devolveu com juros e correção monetário o dinheiro para os cofres públicos. Para a Justiça, porém, isso não significa que as investigações possam ser encerradas.
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