Ponta Grossa - Além do aterro sanitário controlado do Botuquara, Ponta Grossa estuda a possibilidade de uma usina de reciclagem de lixo ser instalada na cidade. Estima-se que, todos os meses, sejam depositadas no aterro cerca de 5 mil toneladas de resíduos produzidas no município e na vizinha Carambeí. A intenção da prefeitura é abrir uma licitação internacional para a construção de uma usina que transformaria o lixo orgânico em energia e reciclaria 35% do total de lixo coletado.
Para por em prática o planejamento, o prefeito Pedro Wosgrau Filho convocou uma audiência pública, para a próxima quinta-feira, para discutir a questão do lixo na cidade. De acordo com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Ponta Grossa, Fernando de Paula, atualmente, a cidade recicla 18% dos resíduos produzidos em residências por meio do programa Feira Verde, que troca alimentos por material reciclável. "Com a construção da usina pretendemos reciclar tudo o que for possível. Além disso, ainda temos o Botuquara, com vida útil de mais um ano e meio, mas com possibilidade de ampliação. Mesmo assim, não temos a intenção de usá-lo mais", diz o secretário.
O novo empreendimento foi a maneira encontrada pela prefeitura para encerrar uma polêmica antiga em relação à gestão de resíduos em Ponta Grossa. Nos dois anos anteriores, houve a concessão de alvará para a construção do Centro de Tratamento de Resíduos Furnas (CTR Furnas) para a Ponta- Grossa Ambiental (PGA) permissionária do serviço de coleta. Isso fez com que membros do Conselho de Meio Ambiente Municipal questionassem o poder público sobre o local onde o CTR seria construído, uma área de preservação ambiental. O Ministério Públi co foi acionado e atualmente a construção está parada por causa de uma liminar.
"Todos os questionamentos que fizemos sobre o CTR Furnas vão ser colocados novamente com relação a esse projeto, desde o local onde deve ser construída a usina, os custos para os usuários, os impactos ambientais e a importação de lixo de outras cidades. Se for necessário solicitaremos novas audiências públicas até que tudo seja esclarecido", afirma Andresa Jacobs, representante do Grupo Fauna, uma das entidades que fazem parte do conselho.
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