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A prefeitura de Curitiba vem estudando medidas para disfarçar o mau cheio no Centro da cidade. Quatro "bueiros corta-cheiro", com sistema de sifão (semelhante aos de pias de cozinha) já foram instalados em dois pontos: Praça Osório e Rua Ébano Pereira. Após a entrada de água da chuva nas galerias pluviais, o sistema se fecha, impedindo que os gases do esgoto saiam para a rua. "O resultado foi bom. Em dez dias, pretendemos instalar em outros pontos", afirma o administrador da Regional Matriz da prefeitura, Omar Ackel. "Também estamos estudando um controle biológico do esgoto, com bactérias."

Ackel encara as medidas como paliativas e diz que a prefeitura vai cobrar uma fiscalização mais efetiva da Sanepar. "É como tomar um remédio para a dor de cabeça. A causa continua", diz ele. Segundo o administrador, o mau cheiro na região central não é causado exclusivamente pelas ligações irregulares de esgoto. "Tem comerciante que joga azeite e óleo nas bocas-de-lobo", afirma.

O arquiteto Juliano Geraldi, que vem fazendo um levantamento do Centro da cidade para o projeto Centro Vivo, da Associação Comercial do Paraná (ACP), também constatou o despejo de materiais inadequados nas bocas-de-lobo. "Tem restaurantes e lanchonetes no Centro que jogam a gordura da fritura", diz. O engenheiro ambiental Guilherme Samways, que também participa do levantamento, diz que o óleo deveria ser armazenado em outros locais. "O óleo também é um poluente das águas pluviais e entope os canos. Se for para a rede de esgoto, atrapalha no tratamento, porque é mais difícil quebrar a cadeia orgânica do óleo."

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