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Onda de greves

Além da paralisação dos funcionários da limpeza pública, Curitiba também enfrenta movimentos grevistas de outras categorias, como a dos educadores, que prejudica o atendimento em creches da capital paranaense nesta terça-feira (18).

Na segunda-feira (17), professores da rede municipal de ensino fizeram um dia de paralisação, mas o movimento foi suspenso, apesar de a categoria permanecer em estado de greve.

Outra paralisação programada é a dos servidores-técnicos administrativos das universidades federais do Paraná, que deve afetar o atendimento no Hospital de Clínicas (HC) a partir de quinta-feira (21).

A Prefeitura de Curitiba vai colocar caminhões e servidores próprios para fazer a coleta de lixo em Curitiba enquanto durar a greve dos trabalhadores da limpeza pública. A informação foi divulgada pela assessoria da Secretaria do Meio Ambiente na manhã desta terça-feira (18). O anúncio ocorreu cerca de duas horas depois de uma paralisação ter sido aprovada pela categoria em assembleia.

Ainda nesta terça, 75 veículos de carga da prefeitura (cinco a menos do que o anunciado pela manhã), com três ou quatro funcionários cada, começaram a circular por áreas de maior geração de resíduos, como a Cidade Industrial de Curitiba (CIC). De acordo com o secretário municipal do Meio Ambiente, Renato Lima, os caminhões continuarão trabalhando na quarta-feira, em rotas que estão sendo traçadas. "São áreas que tinham previsão de coleta hoje e não tiveram e locais que, por falta de informação da população sobre a greve, estão com lixo nas ruas."

Segundo Lima, apesar do serviço emergencial, a orientação do município é para que ninguém coloque o lixo na frente de casa nas próximas 24 horas. "Essa é a primeira prioridade. Iremos disponibilizar locais conhecidos, como terminais, para que as pessoas com maior problema levem esses resíduos." Um mapa com esses pontos alternativos deveria ser divulgado pela prefeitura ainda no fim da tarde da terça-feira. Enquanto a situação não é normalizada, a prefeitura orienta que a população mantenha o lixo úmido em local protegido, como baldes com tampa. "Como a coleta é feita em várias regiões em dias alternados, com intervalos de dois ou três dias, pedimos que todos se comportem como se estivessem no intervalo desse rodízio."

O secretário ressalta que a responsabilidade de um plano emergencial de coleta de lixo é de responsabilidade da empresa que opera o sistema. Procurada pela reportagem, a Cavo informou, por meio de assessoria de imprensa, que entrou na Justiça para garantir a circulação de caminhões na quarta-feira. Segundo a prefeitura, a empresa pediu a volta de 70% dos veículos à coleta. A Justiça acatou o pedido, mas determinou o retorno de 40% dos trabalhadores em greve ao serviço.

A greve

Os trabalhadores da limpeza pública rejeitaram, em assembleia, no início da manhã desta terça, uma proposta de aumento de 10% nos salários e de 15% no vale-alimentação feita pela empresa Cavo. Eles não saíram para fazer seu trabalho nesta manhã e entre as atividades que ficam prejudicadas durante o movimento estão a coleta de lixo, a varrição de rua e as roçadas.

Aproximadamente 2,5 mil funcionários atuam na limpeza de ruas, avenidas, praças e outros espaços públicos. O Siemaco diz que apenas a coleta do lixo hospitalar deve ser mantida enquanto durar a greve. A entidade diz que o pedido dos trabalhadores é de reajuste de 20% nos salários e de 30% no vale-refeição. O máximo oferecido até agora foi o percentual que foi rejeitado em votação dos trabalhadores nesta manhã.

Colaborou Brunno Brugnolo, especial para a Gazeta do Povo

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