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Ambientação lembra as rodas de capoeira e de samba no início do século passado | Ricardo Sodré/JLM Produções
Ambientação lembra as rodas de capoeira e de samba no início do século passado| Foto: Ricardo Sodré/JLM Produções

Draga aumenta profundidade de lago

Uma draga está retirando do fundo do lago do Parque Barigüi cerca de 78 mil metros cúbicos de lodo. O trabalho, encomendado pela prefeitura de Curitiba, pretende deixar todo o lago com uma profundidade mínima de 1,5 metro. Hoje, em alguns pontos, o lodo já aflora no lago, chegando à altura da superfície.

"Fomos muito criticados porque estávamos demorando para fazer a dragagem", afirmou ontem o prefeito Beto Richa. "Inclusive as pessoas reclamavam do cheiro no local, mas estávamos discutindo qual era a melhor técnica para fazer o trabalho", disse. Todo o lodo que é retirado do fundo do lago está passando por um tratamento para condensação e depois armazenado em imensos sacos plásticos que deverão ser depositados no aterro sanitário da Caximba. (RWG)

A prefeitura de Curitiba anunciou ontem um plano de recuperação da bacia do Rio Barigüi, umas das mais importantes da cidade. O projeto, batizado de "Viva Barigüi", prevê a criação de novos parques em torno do rio, a retirada de famílias que vivem próximas à margem e a implantação de uma longa avenida que ligará as áreas de preservação já existentes em torno do rio. Atualmente, os parques Barigüi, Tingüi e Tanguá já protegem o rio, e alguns outros servem de proteção a seus afluentes.

Embora o plano de prefeitura seja ousado, ainda não há detalhamento da proposta. Não se sabe, por exemplo, quanto será necessário para tirar as propostas do papel. A prefeitura também não divulga de quais fontes exatamente pretende retirar o dinheiro. Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, José Andreghetto, a prefeitura tem hoje diversos financiamentos internacionais e com um bom plano na mão é possível convencer os bancos a relocar a verba para o projeto do Barigui.

Um dos maiores desafios para melhorar a situação do Barigüi, que em boa parte de sua extensão está poluído, é retirar as casas que estão em áreas próximas à margem do rio. Segundo a prefeitura, há hoje cerca de 130 loteamentos irregulares ao longo do leito, que começa em Almirante Tamandaré e prossegue até a divisa de Curitiba com Araucária e Fazenda Rio Grande, onde deságua no Rio Iguaçu.

No lançamento da proposta, ontem, em evento no Salão de Atos do Parque Barigüi, o prefeito Beto Richa (PSDB) afirmou que a revitalização do rio é importante para a cidade. E ressaltou que é preciso dar melhores condições às famílias que vivem hoje em situação precária, inclusive em áreas sujeitas a enchentes em épocas de chuvas.

Richa afirmou que o projeto é necessariamente de longo prazo e que deve passar para as futuras administrações municipais. Para o prefeito, os primeiros passos estão sendo dados nesse momento com o desassoreamento do lago do Parque Barigüi e com a criação de mais um parque em torno do rio, o Parque da Biodiversidade, que custará cerca de R$ 1,7 milhão ao município. Futuramente, deverão ser implantados o parque Campo do Santana, no bairro de mesmo nome, e o Parque das Olarias, quase no extremo Sul da cidade, onde o rio está mais preservado.

De acordo com os dados oficiais, a bacia do Rio Barigüi passa por um terço dos 75 bairros de Curitiba e tem em sua área o equivalente a 30% da população da capital.

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