• Carregando...

O primeiro dia de funcionamento da prefeitura de Londrina, no Norte do estado, reaberta nesta quinta-feira (16) por ordem judicial após 101 dias de greve dos servidores municipais, foi caótico. O dia foi marcado por filas, muita espera por parte da população, e gente ainda limpando salas e arrumando mesas e locais de trabalho.

O prefeito Nedson Micheletti (PT) apareceu no local somente pela manhã, quando o prédio foi reaberto para a população, às 8h30. Depois, enquanto Micheletti visitava veículos de comunicação da cidade, os servidores tentavam contornar a confusão instalada nas diversas secretarias e setores, ao mesmo tempo, atender a população.

Computadores lentos

Nas praças externas de atendimento, instaladas durante o período em que o prédio da prefeitura ficou fechado, o trabalho começou tumultuado logo pela manhã e piorou com a lentidão dos computadores no Posto Avançado de Arrecadação instalado no zona oeste da cidade.

Com os computadores fora do ar, centenas de pessoas perderam a viagem e tiveram que ir pessoalmente à prefeitura para sanar problemas com o IPTU e o ISS. A demanda era tão grande que às 16h30, uma hora antes do fim do expediente, não havia mais senhas disponíveis.

O setor de arrecadação da prefeitura de Londrina, que cuida da cobrança e renegociação dos tributos municipais, foi um dos que mais sofreu com a greve.

No setor de ISS, por exemplo, além de dar conta da pequena multidão à espera de atendimento, os funcionários tentavam organizar os documentos produzidos em três locais diferentes de atendimento, improvisados na greve.

Trabalho atrasado Em todo o prédio, servidores tentavam colocar em dia o trabalho que ficou atrasado, enquanto lidavam com pilhas de papéis e caixas acumulados sobre as mesas e no chão.

Na secretaria de Obras, o diretor de aprovação de projetos estava desolado diante do serviço a ser colocado em dia: "Atendemos apenas 20% da demanda e agora tudo ficou para trás", lamentava Alexandre Andrade Adário. "Serão 6 meses para colocar tudo em dia".

Para tudo isso, Adário conta com apenas quatro funcionários. Na fila, há 60 projetos que ficaram três meses trancados no prédio, e centenas que deram entrada durante a greve. Veja como foi o movimento na reportagem em vídeo do Paraná TV

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]