Defendida por urbanistas, a retirada de grades do entorno de praças e parques da cidade está, aos poucos, se tornando realidade em São Paulo, pelo menos no território da subprefeitura da Sé. Desde o mês passado, nove áreas verdes do centro da cidade já proporcionam livre acesso aos pedestres e o número deve aumentar, segundo o subprefeito Alcides Amazonas.
O objetivo da gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) é qualificar os espaços ajardinados, ampliando seus usos. “Grades em áreas públicas não combinam com uma gestão democrática. As praças estão aí para as pessoas usarem, por isso precisamos devolvê-las para o povo”, diz Amazonas.
A medida segue as diretrizes do novo Plano Diretor de São Paulo, aprovado ano passado, que prevê terrenos abertos para a circulação de pedestres, conforme o modelo de fruição pública - no qual áreas térreas não podem ser fechadas com edificações, instalações ou quaisquer equipamentos que vedem seu acesso.
A primeira área a se livrar das grades foi a Praça Ragueb Chohfi, na região da Rua 25 de Março. Depois dela, outros oito endereços também sofreram intervenções, como o Largo Nossa Senhora da Conceição, que fica no fim da Rua Pires da Mota, no Cambuci, zona sul da cidade. O largo é bastante frequentado por moradores do entorno. Antes da mudança, tinha apenas duas entradas.
“Agora o espaço ficou mais convidativo, disse a recepcionista Edilene Rocha de Souza, de 38 anos. Vizinha da praça, ela considera a medida positiva para a cidade. Já a filha, Marcela Rodrigues de Souza Santos, de 21, preferia o local como era antes. “Vem muita criança aqui. As grades serviam de proteção para elas.”
A Praça dos Artesãos Calabreses, mais conhecida como Arcos do Jânio, na região da Bela Vista, zona sul, é outro exemplo. Lá, além de retirar as grades, a Prefeitura também liberou intervenções em grafite. Segundo a Subprefeitura da Sé, uma equipe técnica está estudando novas praças onde a ação deverá ser expandida. O objetivo é qualificar o uso do espaço público restaurando as praças para a população.
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