A prefeitura de Curitiba anunciou ontem, em nota, que deve exonerar o servidor acusado de abusar sexualmente de uma menina de 4 anos em uma creche há pouco mais de duas semanas. "Há indícios de abuso sexual, com base em provas técnicas e testemunhais", diz o texto. A mãe da criança disse que a criança estaria no colo do educador com a camiseta levantada e apoiando a cabeça no peito do educador quando foi vista por uma colega do suspeito.
A Procuradoria-Geral do Município deve concluir hoje a sindicância do caso. Depois, a prefeitura promete instaurar inquérito administrativo indicando a exoneração do acusado. A nota descreve que é garantido um "amplo direito de defesa ao acusado" durante o processo. Ele já teria sido afastado de suas atividades.
O educador investigado trabalha há cerca de dois anos e cumpre estágio probatório de três anos, segundo a diretora do Departamento de Educação Infantil da pasta, Ida Regina Milleo de Mendonça. Ele lida com crianças de até 5 anos. Segundo a prefeitura, o funcionário trabalhava em período integral. Desde que foi admitido por concurso, o suspeito também trabalhou em outra creche. Não há outras denúncias contra ele.
O governo municipal também diz que encaminhará todas as informações apuradas ao Ministério Público e ao Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), que conduzem a investigação criminal.
A delegada Eunice Bonome, do Nucria, disse que as investigações ainda estão em estágio inicial. A denúncia só veio na terça-feira, duas semanas depois do fato. Na manhã de quarta-feira, a criança foi levada ao Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba onde foi submetida a exames para saber se houve abuso. A delegada ainda não recebeu o resultado.
O próximo passo, segundo Eunice, é ouvir outros funcionários da creche, já intimados. O depoimento do suspeito deve ser o último passo do inquérito. A polícia tem 30 dias prorrogáveis para concluir as investigações.



