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| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina/Arquivo

A prefeitura do Rio anunciou nesta quinta-feira (18) que em 2015 houve um boom de atendimentos de casos de gatos com esporotricose na cidade, micose causada por um fungo que vive no solo e se multiplica em matéria orgânica em decomposição. Segundo a Vigilância Sanitária do município, ano passado foram atendidos 3.253 casos da doença. De janeiro a julho, foram 1.107 novos casos; de agosto a dezembro, 2.146. A Vigilância acredita que o aumento de procura por atendimento foi resultado da campanha “Esporotricose – um risco para seu gato e para você”, que informou à população carioca os riscos que o fungo poderia causar a gatos e cães, lançada no começo do segundo semestre, após uma epidemia da zoonose.

Por causa do aumento da demanda, a Vigilância Sanitária informa que ampliou o atendimento nas unidades de zoonoses e medicina veterinária. Foi implantado o serviço de atendimento veterinário no Instituto de Zoonoses Paulo Dacorso Filho (IPDF), em Santa Cruz. Até agosto de 2015, os donos de gatos só tinham a opção de tratamento gratuito no Instituto de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (IJV), em São Cristóvão. No IPDF, antes era feita apenas a distribuição de medicamentos, com a apresentação da receita, e a identificação da suspeita da doença, em animais abandonados.

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Hoje, a prefeitura oferece atendimento veterinário gratuito e exclusivo para esporotricose nas duas unidades, serviço que consiste no exame do animal, encaminhamento de material para análise em laboratório, fornecimento do medicamento, orientação para o tratamento em casa, castração e monitoramento para o dono do animal não esquecer as datas de retorno às unidades. Além dos animais levados pelos donos, as unidades também tratam dos bichos abandonados nas ruas.

Segundo a Vigilância Sanitária, a esporotricose é um tipo grave de fungo que também pode atingir outras espécies de animais, mas os gatos são os mais suscetíveis. A doença pode ser transmitida para os humanos, provocando graves lesões na pele. Para os gatos, a esporotricose pode ser fatal, se não for tratada corretamente. A contaminação ocorre através do contato das garras do animal com material orgânico em decomposição contaminado, como cascas de árvores, palhas e o solo. Com o fungo instalado, o gato pode transmitir a doença por meio de arranhões, mordidas e contato direto com a pele lesionada.

No gato, a doença pode ser mortal; nos seres humanos, ela tem cura, mas pode provocar lesões gravíssimas na pele. Nos animais, devem ser observados alguns sinais, como feridas no rosto e nos membros. A perda de apetite, apatia, emagrecimento, espirros e secreção nasal também são manifestações da doença. Nos seres humanos, a manifestação começa com um pequeno caroço vermelho, que pode virar uma ferida. Geralmente, aparecem nas mãos, nos braços, nas pernas ou no rosto, às vezes formando uma fileira de pequenos nódulos ou feridas. Também podem aparecer dores nas articulações e febre.

O risco de morte nos gatos diminui se a doença for diagnosticada no início. Portanto, dizem especialistas, o ideal é procurar um veterinário assim que houver algum sinal, principalmente no focinho.

O IPDF e a IJV atendem esses casos. O endereço do instituto de zoonoses é Largo do Bodegão, 150 – Santa Cruz; a unidade de medicina veterinária fica na Av. Bartolomeu de Gusmão, 1.120 – São Cristóvão.

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