• Carregando...

A Prefeitura do Rio, disse em nota oficial divulgada nesta sexta-feira (11), que vai exonerar o delegado Carlos Oliveira, que, há pouco mais de um mês, assumiu a subsecretaria de Operações da Secretaria Especial da Ordem Pública. Ele é procurado na megaoperação da Secretaria Estadual de Segurança Pública e da Polícia Federal que investiga o envolvimento de policiais com traficantes, milícias e máfia dos caça-níqueis.

Na manhã desta sexta-feira (11), a delegada Márcia Becker foi conduzida à sede da PF. Ela era titular da 22ª DP (Penha) durante as ações na Vila Cruzeiro e no Alemão, em novembro do ano passado, e já esteve à frente da Delegacia de Repressão a Armas e Entorpecentes (Drae) e da 17ª DP (São Cristóvão). No início da ação, agentes vasculharam armários das delegacias da Penha e de São Cristóvão. De acordo com a Secretaria, os agentes procuraram, sobretudo, materiais que podem reforçar as acusações contra os suspeitos.

O chefe de Polícia Civil do Rio, Alan Turnowski, foi chamado nesta manhã para prestar esclarecimentos sobre as investigações. De acordo com a Secretaria, a ação foi comandada pelo órgão e Turnowski pode ajudar nos trabalhos.

A ação conta com 580 agentes e visa cumprir 45 mandados de prisão e 48, de busca e apreensão. Entre os procurados estão mais de 30 contra policiais civis, militares e delegados.

Investigações

Segundo a Secretaria, a ação teve início em 2009, quando agentes tentavam prender o traficante Roupinol, comparsa do traficante Nem, na Rocinha. Na ocasião, policiais do estado do Rio atuaram junto com agentes da Polícia Federal de Macaé, no Norte Fluminense, depois de um vazamento de informações.

Com três testemunhas e um farto material, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, chegou a ir a Brasília pedir à chefia da Polícia Federal que fosse feita uma parceria entre as forças de segurança, já que a PF também havia participado da operação conjunta há quase 2 anos e seguia investigando o grupo.

Participam da ação desta sexta, além de policiais federais e agentes da Secretaria, a Corregedoria Geral Unificada e o Ministério Público Estadual.

Tráfico, milícia e máfia dos caça-níqueis

Os alvos da ação são suspeitos de ter ligação com traficantes, milícias e a máfia dos caça-níqueis. De acordo com a PF, eles vendiam informações a milicianos e traficantes e pegavam produtos encontrados em operações da polícia para repassar aos criminosos.

As investigações apontam, ainda, que o grupo tinha envolvimento com o tráfico de drogas e de armas e munições. Segundo a polícia, os suspeitos faziam a segurança de pontos de jogos clandestinos, como o bicho e máquinas de caça-níqueis.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]