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Uma organização não-governamental que trabalha com mulheres em situação de risco em Rio Branco do Sul, região metropolitana de Curitiba, denunciou ontem que vem sofrendo suposta perseguição da prefeitura. Na última quinta-feira, o Centro de Referência e Atendimento à Mulher, administrado pela ONG Associação das Mulheres Ativas de Rio Branco do Sul (Amar), foi fechado pela Secretaria Municipal de Governo. O centro funcionava desde maio de 2006 no prédio, que pertence à Associação dos Servidores Municipais de Rio Branco do Sul.

Segundo a presidente da Amar, Rosemar de Lourdes Hillmann, havia um acordo com a prefeitura para o centro funcionar no local, que nunca foi cumprido. A entidade só se instalou no prédio com base em uma liminar expedida pelo juiz Enéias de Souza Ferreira, do Fórum de Rio Branco do Sul. No local estavam abrigadas duas mulheres em situação de risco e eram oferecidos cursos de dança, costura, panificação e cabeleireiro. "Atendemos em média uma família por mês e não podemos deixar as mulheres na rua."

Rosemar conta que, na quinta-feira passada, o secretário de Governo, Marco Aurélio Gomes da Silva, chegou ao local com um segurança armado, invadiu o imóvel e trocou as fechaduras. Ela acha que vem sendo perseguida pela prefeitura por ter aparecido em uma foto ao lado do governador Roberto Requião, no ano passado.

O secretário nega qualquer perseguição. Segundo ele, a prefeitura apenas cumpriu uma decisão judicial. Em 25 de outubro, a 17.ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná deu provimento a um agravo de instrumento da Asem que pedia a reintegração de posse do imóvel. Silva afirma que a Amar vinha usando o local para promover festas e já estava planejando um baile de carnaval. "Certa vez ligaram às 4 horas da manhã reclamando do barulho", afirmou.

O secretário disse que a prefeitura disponibiliza três casas na cidade para mulheres em situação de risco. Ele garantiu que o município vai instalar um Centro de Referência e Atendimento à Mulher dentro de15 dias na Rua XV de Novembro. Quanto ao imóvel, Silva diz que ele será alugado junto à Asem para abrigar as secretarias de Segurança Pública e Agricultura, uma agência do Trabalhador e uma agência do Banco Social.

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