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Vídeo| Foto: RPC TV

A Prefeitura de Curitiba não demorou muito para iniciar as obras na Praça Miguel Couto, a Pracinha do Batel. Depois de conseguir derrubar a liminar que impedia o início das obras, funcionários da prefeitura chegaram com as máquinas e caminhões na praça antes das 5 horas desta terça-feira (19). Novamente houve um tumulto no início da obra e uma pessoa chegou a ser presa, segundo relatos de moradores do bairro.

O morador Carlos Daitschman, bastante conhecido no bairro por contar histórias, se colocou à frente das máquinas da prefeitura. Como insistiu em não sair acabou sendo preso. Daitschman plantou uma araucária no último sábado (16), durante uma manifestação contra as obras da prefeiturana Pracinha do Batel.

Daitschman foi levado para o 8.º Distrito Policial, no bairro Portão, onde logo em seguida foi liberado. "Ainda bem que eu tinha dinheiro no bolso. Fui de carona e tive que voltar de ônibus", afirmou Daitschman. "Fui proteger um espaço público, progresso não é destruição. Acredito em poder público feito em acordo com a população", definiu o morador.

A prisão aconteceu por volta das 5h30. Depois de resolvida a questão, as máquinas começaram a escavar a praça. O ponto de táxi já foi retirado do local.

As máquinas estão sobre a praça e o trânsito é normal na região neste início desta manhã. Agentes da Diretran estão nas proximidades para orientar os motoristas sobre as obras. Nenhuma rua havia sido bloqueada até as 9 horas.

Liminar

A liminar que impediu por 13 dias o início das obras na pracinha do Batel foi derrubada na segunda-feira (18), pela desembargadora Regina Afonso Portes, da 4.ª Câmara Cível. A desembargadora anulou a decisão inicial do juiz Marcel Guimarães Ratoli de Macedo, da 1.ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, por considerar que o interesse coletivo da reforma se sobrepõe ao interesse individual.

O projeto

A obra na pracinha do Batel, segundo a prefeitura, é para desafogar o trânsito nas proximidades do local. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) elaborou um projeto que liga as ruas Carneiro Lobo e Desembargador Costa de Carvalho por uma via que divide a praça. Assim, os motoristas não precisariam contornar o logradouro.

A reforma prevê que a banca de jornal, as floriculturas e os monumentos continuem no local. A praça ainda ganharia uma área extra de 294 metros quadrados.

Prefeitura

De acordo com o administrador da regional Matriz, Omar Akel, o início oficialmente da obra foi às 6 horas desta terça-feira. "Os equipamentos podem ter chegado um pouco antes. Tivemos o cuidado de começar a obra cedo. As máquinas chegaram antes para trazer o mínimo de transtorno possível para o trânsito", explicou Akel.

Segundo o administrador, a obra vai seguir normalmente agora. A idéia da prefeitura é concluir em 30 dias a revitalização da praça. "A Justiça nos deu a condição de continuar o projeto e não temos porque esconder a obra. Temos que aproveitar que o tempo está bom, sem chuva. Mas vamos trabalhar sem precipitação para preservar todos os monumentos e as principais características da praça", afirmou Akel.

Sobre a prisão do morador no início das obras, o administrador Omar Akel afirmou que houve um início de confusão, mas disse que não viu a prisão. "Se aconteceu a prisão eu não vi, deve ter sido antes de eu chegar à praça. Mas se uma pessoa se colocar em risco, ela deve ser retirada. Nós fizemos uma demarcação para definir que ali é um canteiro de obras. Isso é para evitar riscos para as pessoas, que uma pedra cause algum acidente. São caminhões e máquinas que fazem manobras no local", explicou.

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