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O prefeito de Colombo, José Antônio Camargo, 45 anos, avisa que está a postos para conversar com o pároco da Imaculada Conceição, José Vieira, e com representantes da comunidade. O município, diz ele, tem uma política de preservação do patrimônio. Resta saber se a igrejinha do Atuba se enquadra nos critérios técnicos. Houvesse sobrado algo do templo original – de madeira, erguido em 1932 e derrubado para dar lugar ao atual, inaugurado em 1942 – com certeza iria para a lista. Eis a questão.

"O Atuba é nosso bairro mais antigo. Lógico que a igreja nos interessa", diz J. Camargo, como é conhecido, de posse de um dilema administrativo. A política de unidade de interesses de preservação esbarrou num problema clássico: a descaracterização do patrimônio, a exemplo do que ocorreu na Igreja de São Sebastião, remodelada para pior. Resta o critério da memória e significado para a população. No caso da Conceição, faltam vozes intercedendo a seu favor, dando garantia de que mesmo à deriva, a igrejinha tem de ser mantida em pé.

Iene Caron Engel, 65 anos, 40 de Atuba, é uma dessas voluntárias dispostas a se pronunciar. Quando chegou àquelas bandas, os carros ainda iam para Paranaguá pela Estrada da Graciosa, cuja entrada é logo ali. Ela lembra que era engraçado não saber muito bem se morava em Curitiba ou em Colombo. Daquele tempo, só sobrou a velha Conceição, da qual foi secretária por duas décadas e da qual cuida como se fosse sua casa. (JCF)

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