Rio de Janeiro (AG) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender as obras para reparos nas rodovias federais da acusação de terem fins eleitorais, na primeira etapa de sua visita ao trabalho de duplicação da BR-101 Nordeste, ontem, no Rio Grande do Norte.
"Entre não fazer e fazer, eu prefiro ser criticado fazendo, porque pelo menos o povo sofre menos", disse Lula no fim do seu discurso.
Ele também afirmou que até havia pedido para que não fosse montado um palanque na sua visita às obras, para que o evento não fosse chamado de eleitoreiro.
"É assim, lamentavelmente, é assim: se você não faz, vira campanha do adversário, se você faz, diz que é campanha sua."
No discurso, Lula agradeceu ao Exército brasileiro, responsável pelas obras de duplicação da rodovia, lembrando que o Batalhão de Engenharia só foi mobilizado para o trabalho por causa de uma briga de empresas de engenharia que participaram da licitação prevista para fazer o serviço.
"Nós precisamos fazer o projeto executivo, depois entramos em um processo de licitação e, lamentavelmente, depois de feita a licitação, as empresas não entraram em acordo porque, no Brasil, se uma empresa entra com processo contra outra empresa, às vezes uma coisa que poderia demorar dois meses, demora dois anos", disse Lula, que também afirmou que no início de seu governo, o Batalhão de Engenharia "tinha sido desmontado praticamente" e foi recuperado durante sua gestão.
"E é importante deixar claro que se até quando o Exército estiver terminando esta obra as empresas não pararem de brigar, os outros trechos também nós vamos dar para o Exército, que é para as empresas pararem de brigar e resolverem, então, aceitar fazer as coisas, porque não é possível o que acontece no Brasil, quando você pensa que está tudo resolvido, alguém vai para a Justiça e uma obra que tem urgência, como esta, demora anos e anos", alertou o presidente.
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