Região atingida pela chuva em Londrina| Foto: Beto Richa/Agência Estadual de Notícias

O temporal que atingiu o Paraná no início dessa semana provocou prejuízos de aproximadamente R$ 100 milhões em todo o estado. A estimativa foi divulgada na manhã desta quinta-feira (14) pelo governador Beto Richa (PSDB), que esteve em Londrina, no Norte do Paraná, uma das cidades mais afetadas por inundações e enxurradas.

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O valor contabilizado pela Defesa Civil e pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística levou em conta danos em residências e ao patrimônio público, incluindo a destruição de pontes e estradas rurais. Pelo menos 47 cidades e 150,8 mil pessoas foram afetadas pela forte chuva, enquanto 1,6 mil paranaenses permanecem desalojados. Aproximadamente 10 mil casas foram danificadas e 74 ficaram completamente destruídas, de acordo com boletim atualizado pela Defesa Civil às 18h desta quinta-feira (14).

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Em Londrina, prejuízo pode chegar a R$ 50 milhões

Levantamento preliminar feito pela Prefeitura de Londrina aponta que o prejuízo com o temporal já supera os R$ 35 milhões. Segundo o prefeito Alexandre Kireeff (PSD), esse valor deve crescer. “A tendência é que [os prejuízos] se aproximem dos R$ 50 milhões. Começamos as tratativas para a parceria com o governo do estado para que esses recursos sejam aportados e o município possa ter agilidade na reação e recuperação dos estragos”, afirmou Kireeff.

Até o fim desta semana, a prefeitura deve apresentar um levantamento completo dos danos. Até o momento, Londrina teve 19 pontes destruídas, 400 quilômetros de estradas rurais afetadas, entre outros danos ao patrimônio público urbano.

Aos poucos, a cidade vai voltando à normalidade. Na noite de quarta (13), a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) retomou a coleta de lixo, que está sendo levado temporariamente para o antigo aterro do Limoeiro.

Já o abastecimento de água deve começar a ser normalizado a partir da noite desta quinta (14), segundo previsão da Sanepar. Até a noite de quarta, o sistema que atende Londrina e Cambé ainda operava com 30% da capacidade de produção, podendo ter afetado quase 400 mil pessoas.

Preço abusivo

Diante da falta de abastecimento, moradores esvaziaram os estoques de água mineral em vários estabelecimentos. A reportagem esteve em cinco supermercados na tarde de quarta (13), mas não encontrou os galões. Em apenas um deles, ainda foi possível comprar pequenas garrafas com a bebida.

Consumidores também denunciaram possível prática de preço abusivo da água mineral por parte de alguns estabelecimentos comerciais. Em nota, o Procon de Londrina informou que vai averiguar as denúncias.

“O aumento abusivo no valor da água mineral caracteriza crime contra a economia popular. A água é um item essencial, e a situação atual é de falta de abastecimento generalizado, tanto em Londrina como em cidades próximas”, explicou Tatiane Boneto Pinheiro, coordenadora em exercício do Procon, em entrevista ao site da prefeitura.

Veja também
  • Cidades do Paraná decretam situação de emergência
  • Tempestades danificam mais de 9 mil casas em Rolândia; no PR são 9,9 mil
  • DER aponta que 35 pontos de rodovias estaduais estão prejudicados; veja no mapa

Segundo Richa, não existem verbas para atender todas as demandas de uma vez. Por isso, o governo informou que irá estabelecer prioridades e vai liberar recursos aos municípios com situação de emergência reconhecida. “Não poderia ser diferente, pois não há dinheiro para resolver tudo em um curto espaço de tempo”, disse o governador, durante entrevista coletiva concedida na PR-445.

Ajuda

Para auxiliar os locais atingidos, o governo informou que está disponibilizando óleo diesel para as máquinas utilizadas na recuperação das estradas rurais. Os municípios afetados e que têm financiamentos na Fomento Paraná também estarão dispensados do pagamento de prestações entre os próximos três e seis meses.

Richa ainda anunciou que as empresas danificadas pela chuva podem ter acesso a uma linha de crédito especial, no valor de até R$ 15 mil para capital de giro. Mas essa modalidade está disponível somente para cidades que decretarem estado de emergência ou de calamidade pública.

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O governador também ressaltou que equipes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Sanepar e da Copel estão mobilizadas para recuperar as rodovias e restabelecer a distribuição de água e energia elétrica.

Observando os estragos

Em Londrina, o governador esteve na ponte sobre o Rio Cafezal, que foi alagada e ficou interditada durante dois dias. Richa ainda visitou as cidades de Iguaraçu e Rolândia, que enfrenta uma das situações mais delicadas do estado. “Nada melhor do que a gente ver in loco essa destruição para podermos nos sensibilizar e agilizar as ações, para que num curto espaço de tempo, possamos restabelecer a normalidade.”

Segundo o relatório divulgado pela Defesa Civil na tarde desta quinta (14), 36.240 moradores foram afetadas pelas enxurradas em Rolândia, sendo que mil permanecem desalojadas. Cerca de 9 mil residências foram danificadas e 50 acabaram destruídas.

De helicóptero, Richa também sobrevoou Jataizinho, cidade que foi alagada pela cheia do Rio Tibagi e do Ribeirão Jataizinho. Cerca de 6,1 mil pessoas foram afetadas e 150 moradores estão desalojados.

Cidades decretam situação de emergência

Segundo o último boletim da Defesa Civil, divulgado às 14 horas desta quinta-feira (14), três municípios tiveram o pedido de situação de emergência homologado pela Defesa Civil: Sabáudia, Mandaguaçu e Rio Bom. Todas situadas na Região Norte paranaense. Londrina, Apucarana e Rolândia são outras cidades que devem decretar situação de emergência. Mas os pedidos ainda não foram homologados e confirmados pelo órgão estadual.

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Vídeo enviado pelo leitor Elias Vieira

Ponte que liga Bandeirantes a Itambaracá!Imagens: Elias Vieira

Posted by Elias Vieira on Tuesday, January 12, 2016

Vídeo enviado pelo leitor Eder Martins

E continua a força da água 𾭛 Hidráulica divisa SP/PR previsão de vazão 15.000 metros cúbicos por segundo...

Posted by Eder Martins on Thursday, January 14, 2016