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Com o fim do carnaval e do feriado prolongado, devem recomeçar nesta quarta-feira (1.º) os procedimentos para o sacrifício dos cerca de 6,5 mil animais com suspeita de contaminação por febre aftosa no Paraná. O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, espera que até quinta as avaliações necessárias estejam prontas. "Mas não depende apenas da Seab. Precisamos dos laudos ambientais e a liberação do ministério", disse Pessuti.

Na semana passada, o Ministério da Agricultura anunciou seis novos focos da doença no estado, em um rebanho que totaliza 4,5 mil animais. Eles se somaram ao foco anunciado em 6 de dezembro na Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira (Norte do estado) e ainda não solucionado. A Fazenda Cachoeira tem 1.795 animais.

Ainda na sexta-feira (24), o secretário assinou a resolução que criou as Comissões de Avaliação, Taxação e Sacrifício dos Animais (composta por três representantes da Secretaria da Agricultura, três do Ministério da Agricultura, dois da Federação da Agricultura do Paraná – Faep, e quatro do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária – Fundepec). Três equipes vão trabalhar simultaneamente nas seis fazendas que tiveram focos confirmados na semana passada. "Alguns técnicos já estavam viajando quando souberam da convocação para as comissões. Estamos aguardando que eles voltem nesta quarta para que iniciem o trabalho", disse o secretário.

Uma primeira avaliação precisa ser feita pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). "Não temos previsão para começar, pois aguardamos ainda a solicitação oficial dos responsáveis pelo abate [no caso, a Seab]", disse o presidente do IAP, Rasca Rodrigues. Representantes do instituto devem visitar as propriedades e emitir as licenças ambientais para a abertura de valas onde serão enterrados os animais sacrificados.

Na quinta-feira (23), o governo do estado autorizou a liberação de R$ 786,2 mil para cobrir os gastos com o sacrifício desses rebanhos e dos 1.795 animais da Fazenda Cachoeira. Os recursos vão cobrir gastos como a abertura das valas, compra de manta para impermeabilizar o solo, necropsia dos animais, alimentação e hospedagem das equipes técnicas que atuarão na operação.

Os novos focos da doença estão nas fazendas Flor do Café (em Bela Vista do Paraíso, Norte do estado); Santa Izabel (Grandes Rios, na região Central); Cesumar e Pedra Preta (ambas em Maringá, Noroeste); e Alto Alegre e São Paulo (em Loanda, Noroeste). Embora já tenham sido concluídas as avaliações do IAP e do Ministério da Agricultura na Fazenda Cachoeira, o abate dos animais ainda depende de um acerto judicial. O Tribunal Regional Federal (TRF) já suspendeu a liminar que impedia o abate do gado, mas ainda não se posicionou sobre uma liminar que condiciona o sacrifício ao depósito em juízo do valor estipulado para indenização (R$ 1,285 milhão). A Advocacia Geral da União pretende entrar com um agravo de instrumento para derrubar essa liminar.

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